Tuesday, December 28, 2010

Tempo, tempo mano velho...

Já era hora de fazer as pazes com o tempo. Até porque, caso houvesse uma briga entre nós, certamente eu sairia perdendo. Esse é um grave problema de incompatibilidade de gênios bastante antigo, diria que é tão antigo quanto minha existência. Eu sempre quero mais e ele me dá menos.

Todo final de ano é a mesma coisa: olho para trás e vejo quanta coisa eu não fiz! Quantos projetos ficaram pelo meio do caminho, idéias que se perderam no ar. No entanto, neste ano tudo parece diferente. Olho para trás e vejo o tanto que foi feito: ampliei o número de consultas de tarot algo em torno de 30% por mês; conquistei um freela mensal para a Editora Astral (além da previsão anual); desenvolvi uma disciplina legal para aplicar Reiki em mim mesma todos os dias antes de dormir, além de praticar atividades como yoga, meditação e Ho'oponopono; treinei minha mente para reduzir a perda de tempo e energia com bobagens (ainda tenho muito a aprender, que fique claro!); descobri coisas impressionantes sobre mim mesma que estavam encobertas e vieram à tona em forma de cura emocional.

Tudo bem... Eu poderia olhar para trás e dizer que passei 10 meses tendo que lutar contra os meus próprios fantasmas, sofrendo dores emocionais e físicas intensas... e seria somente uma outra forma de analisar a mesma situação, o mesmo tempo corrido, a vida da mesma pessoa.

Eu preferi escolher a outra forma de analisar... Aliás, analisar não, sentir! Prefiro olhar para 2010 como um ano de muitas conquistas. E fico muito orgulhosa de mim mesma por perceber que tantas conquistas foram obtidas apesar de toda dificuldade. Meu primeiro pensamento é: "caramba, eu consegui isso estando mal, imagina quando eu estiver bem!!" rs

E esta é a minha decisão para 2011: estar bem. Parece simples, mas somente vivendo é que se percebe o desafio que é estar bem a cada dia, a cada hora, a cada minuto. Não preciso me planejar para mais nada! Porque, como já disse, eu sou muito boa até quando estou ruim :-) E eu quero estar muito boa, quero SER muito boa! Estar integralmente em mim e sentir a felicidade que isso traz.

Há dois anos os transtornos de ansiedade começaram. Esse é exatamente o tempo em que não tenho doença física alguma, desmistificando aquele ditado que diz que quando a cabeça não pensa (bem) o corpo padece...rs Pois então, no domingo fui tomada por uma gripe que, por incrivel que pareça, me veio como bênção. Como se me dissesse: você não precisa ser perfeita, pode até ficar gripada! Senti um alívio tão profundo...

Então, acordei no meio da madrugada com uma dor de cabeça muito forte por causa da gripe. Primeiro, veio aquele sentimento "mas será possível que eu não tenho paz? Agora é isso..." No momento seguinte, consegui interromper toda a falação mental que tentava me atropelar e comecei a fazer Reiki, enquanto respirava profundamente. Em seguida, fiz uma respiração abdominal, com as mãos sobre o Tan Tien (prática Taoísta) e, por fim, tentei acessar a quietude através da Terapia Craniossacral. O processo todo deve ter demorado mais ou menos meia hora e por fim vivenciei uma incrível experiência: eu senti os meus pés.

Se você teve paciência de ler tudo isso até aqui, agora deve estar pensando em desistir, né? "Como assim, a experiência maravilhosa foi sentir os pés???" Pois bem... Lanço um desafio: em que parte do seu corpo você está neste momento? Responda sem pensar!

... ... ... ... ... ... ... ... ...

Cabeça? A maioria das pessoas deve responder isso.

Coração? Uns poucos...

E qual o mistério de sentir os pés? É o fato de eu estar com uma consciência tão plena do meu corpo que eu conseguia "me sentir" nos meus pés! Levando-se em conta que sempre me sinto na cabeça, tive que atravessar um corpo inteiro (tudo bem, ele não é muito grande) para chegar onde cheguei! Longa e árdua caminhada! :-)


Passei longos minutos desfrutando daquela sensação maravilhosa, de me sentir plenamente em cada parte do meu corpo! Esfreguei um pé no outro, como se fosse um carinho, um tipo de "parabéns!" bons pezinhos...rs E já nem me lembrava mais da dor de cabeça. Sim, ela ainda estava ali, mais fraca, mas estava. Mas parecia tão sem importância!

Após esta experiência, acordei diferente. Me sentindo mais viva e mais presente em mim. Ainda gripada, ainda espirrando muito, com a vista meio turva e uma coriza enjoadíssima! Mas feliz, feliz! rs

Na verdade, foi essa experiência que me levou a questionar minha relação com o tempo. Foi ela que me fez perceber que era eu que estava acelerada... O tempo, já dizia o moço careteiro, é relativo. E foi minha agitação interior que fez com que o tempo, nesses dois anos, parecesse desembestado, desesperado, desequilibrado. Igualzinho a mim! Ao perceber isso, consigo notar, por exemplo, que o dia hoje foi suficiente para ir para a escola, voltar, descansar, responder clientes, enviar respostas de jogos, fazer a prova on-line da pós-graduação, ver um filme com o sócio, papear com as amigas no Face, preparar uma salada especial e até mesmo escrever esta postagem! Detalhe: estou calma, tranquila, sem ansiedade, sem frustração. Não foi o tempo ou a minha vida o que mudou, fui eu!

Então, depois de escrever tanta coisa e não me preocupar muito com o sentido ou com a qualidade ou clareza do texto (abaixo a auto-ditadura!rs), só resta agradecer muito o amigo Tempo, por me aceitar de volta em seu compasso harmonioso. Também é bom agradecer a mim mesma por estar encontrando o caminho de volta. E ao ano de 2010, que serviu para me ensinar o quanto é bom viver!

Que venha 2011! E que eu esteja bem, seja boa, inteira e plenamente eu mesma.

PS: Gratidão especial pra Erika, que me despertou para a grande importância de sentir os meus pés! :-)

Sunday, December 19, 2010

Feliz alguma coisa em dia quente...rs

Olá, pessoas! :-) Desde que entrei no maravilhoso mundo da bruxaria, há quase 20 anos, tenho sérios problemas com os estrangeirismos! A questão é que não me conformo de ficar usando, o tempo todo, termos importados para uma série de coisas e além disso (confesso) nunca consegui decorar o nome dos sabaths (olha! Mais um!rs) e o que corresponde a qual época do ano. Sinto que é uma rejeição inconsciente mesmo. Então prefiro falar "celebração do ápice do verão", do que falar... hmmm... como é mesmo o nome?

Então, em meio a esta correria que está me deixando ainda mais fora do prumo, venho aqui para desejar a todos que este final de ano seja de muita paz, alegrias e confraternização e que 2011 seja, para todos nós, um ano de realizações e SOSSEGO! Porque eu estou cansada de stress!

Os dois últimos anos foram muito pesados pra mim. Em vários sentidos! Estou ainda em fase de recuperação, mas estou naquele esquema "enquanto me recupero, quebro pedra!", porque há mais de duas semanas que quando não estou trabalhando, ou estou dormindo ou estou comendo (sendo que às vezes estou trabalhando e comendo ao mesmo tempo) Gostaria que houvesse a fada das trabalhadoras, para que eu chamasse por ela e ela viesse aqui terminar meus jogos de tarot, os textos pra revista, limpar e arrumar a casa e, principalmente, ir trabalhar na escola pra mim nestas próximas semanas em que TODOS estão de recesso, menos a Isaura aqui. Enquanto isso, eu passaria metade do tempo dormindo e a outra metade na praia. Ai, ai... É isso que dá crescer e deixar de acreditar em Papai Noel...rs

Enfim... Que dias cada vez melhores venham! Assim seja e assim se faça!

Monday, November 29, 2010

Aromatizando água


Ai, ai... Ando tão aromática...rs

Sempre fui uma apaixonada por aromas, não somente perfumes, daqueles que a gente compra na loja e passa atrás das orelhas. Certos cheiros estão gravados na minha memória há anos! Um certo perfume de um namorado, um refogado que a vó fazia, a lenha queimando na casa de Friburgo, a maresia no final de tarde...

Apesar de preferir os gatos, acho que sou meio cachorro para este negócio de cheiro...rs Sou capaz de reconhecer certas pessoas pelo cheiro. E quando a pessoa em questão é o marido, sou capaz de saber como está o seu estado de ânimo através do cheiro. É meio louco, mas é real!

É por isso que a aromaterapia está fazendo um efeito tão forte em mim. Já consegui parar uma crise de ansiedade em andamento simplesmente cheirando óleo essencial de lavanda!

Então, eu que já adoro esta coisa de aromas, perfumes, cheirinhos especiais que deixam meu sistema límbico dando pulinhos de alegria, fiquei encantada com a beleza e elegância destas águas aromatizadas. Muito chic e muito simples. Aliás, eu amo esta simplicidade chic.

Minha mãe gosta muito da água aromatizada com hortelã e alguma gotinhas de limão. Eu também! É muito refrescante! Mas existem várias outras opções: casca de tangerina, laranja ou limão... Anis-estrelado... canela... cardamomo... manjericão...

Vamos perfumar o mundo! :-)

Saturday, November 20, 2010

Massagem, porque eu mereço!

Ayurveda é o nome dado ao conhecimento médico desenvolvido na Índia há cerca de 7 mil anos, o que faz dela um dos mais antigos sistemas medicinais da humanidade. Ayurveda significa, em sânscrito, Ciência (veda) da vida (ayur). Continua a ser a medicina oficial na Índia e tem-se difundido por todo o mundo como uma técnica eficaz de medicina tradicional. No Brasil é praticada principalmente por psicólogos e fisioterapeutas.

A medicina ayurvédica é conhecida como a mãe da medicina, pois seus princípios e estudos foram a base para, posteriormente, o desenvolvimento da medicina tradicional chinesa, árabe, romana e grega. Houve um intercâmbio de informações com o Japão, que tinha a mesma necessidade dos indianos: criar uma medicina barata para atender às suas populações muito pobres e gigantescas, por essa razão existe muito da medicina japonesa nos conceitos de ayurvédica. As duas desenvolveram técnicas muito eficientes e de baixo custo para o tratamento.

A doença, para a Ayurveda, é muito mais que a manifestação de sintomas desagradáveis ou perigosos à manutenção da vida. A Ayurveda, como ciência integral, considera que a doença inicia-se muito antes de chegar à fase em que ela finalmente pode ser percebida. Assim, pequenos desequilíbrios tendem a aumentar com o passar do tempo, se não forem corrigidos, originando a enfermidade muito antes de podermos percebê-la.

Fonte

Fiz a massagem ayurvédica a primeira vez em maio deste ano. Amei. A gente fica em um estado de tranquilidade e ao mesmo tempo com energia. Sem falar que o óleo de massagem misturado ao óleo essencial é uma coisa deliciosamente cheirosa e gostosa. Dá vontade de ficar untada daquele jeito pra sempre! rs

Hoje, lá vou eu de novo! Porque eu mereço muito! A massagista que possui mãos mágicas é a Débora, para quem visitar São Lourenço eu recomendo ir até o Balneário, no Parque das Águas e marcar um horário com ela.

Tuesday, November 09, 2010

Parece que minha alma canta junto...




Casa Pré-fabricada

Composição: Marcelo Camelo

Abre os teus armários, eu estou a te esperar
Para ver deitar o sol sobre os teus braços, castos
Cobre a culpa vã, até amanhã eu vou ficar
E fazer do teu sorriso um abrigo

Canta que é no canto que eu vou chegar
Canta o teu encanto que é pra me encantar
Canta para mim, qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz
Tristeza nunca mais

Mais vale o meu pranto que esse canto em solidão
Nessa espera o mundo gira em linhas tortas
Abre essa janela, a primavera quer entrar
Pra fazer da nossa voz uma só nota

Canto que é de canto que eu vou chegar
Canto e toco um tanto que é pra te encantar
Canto para mim qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz
Tristeza nunca mais

Sunday, November 07, 2010

Pequenas atitudes, grandes resultados


Desde a época em que meio ambiente era algo restrito às aulas de geografia, ecologia era uma palavra inexistente e o conceito de sustentabilidade nem pensava em ser inventado, eu já era uma "defensora da natureza". Hoje, penso na ironia de defendermos a natureza de nós mesmos. No final das contas, não seria necessário que uns poucos defendessem tanto o planeta se os outros muitos não o atacassem em demasia. Mas... por enquanto é assim que a coisa funciona.

Acredito que o que hoje se chama de educação ambiental e faz parte do conteúdo programático de escolas de Ensino Fundamental, é uma mistura de bom senso, boa educação e pouca coisa realmente nova além disso. Minha opinião é reflexo do fato de eu ter aprendido desde cedo, com minha mãe, algumas regrinhas básicas como: não jogar lixo no chão da rua; não quebrar as plantinhas; tratar com respeito todos os seres vivos; só colocar no prato o que vou comer para depois não desperdiçar comida jogando-a no lixo; não deixar a torneira ligada enquanto se escova os dentes; não deixar luzes acesas em cômodos que estão vazios... e por aí vai...

Se pararmos para pensar, acabei de enumerar regras de bom senso e boa educação. O que podemos acrescentar nos dias de hoje a uma cartilha a favor do meio ambiente? Algumas informações mais específicas, como separar o lixo e perceber o que é uma embalagem reciclável, dando preferência a ela, e o que é uma embalagem "puro lixo", como no caso dos saquinhos metalizados que guardam os igualmente não-saudáveis cheetos e outros salgadinhos cheios de glutamato monossódico.

Então, na verdade, quando falamos que a sociedade moderna agride o meio ambiente, podemos concluir que a sociedade moderna é composta, em sua maioria, por pessoas mal educadas e sem um pingo de bom senso. Economizar é uma questão de bom senso! Economizar quer dizer gastar somente o necessário, de uma forma inteligente e lógica.

O maior inimigo da natureza é o mau hábito. Conheço muitas pessoas que respeitam a natureza, compreendem a necessidade de defendê-la, mas não conseguem jogar o lixo reciclável no lugar certo. Estou falando, especificamente, do meu marido :-) Da mesma forma, depois que nos habituamos com a melhor maneira de fazer as coisas, fazer a coisa errada também dói. Quando vou para a casa dos outros e sou obrigada a jogar um "lixo limpinho" numa grande lata com todo o lixo misturado, sinto até um mal estar.

Em todos os empregos por onde passei nos últimos anos, tento sempre implantar alguns bons hábitos, como levar uma caneca de casa para tomar chá ou café, ao invés de usar copos descartáveis. Aos poucos, as pessoas acham a idéia boa, principalmente porque ela representa uma redução de gastos. É claro que nem sempre é fácil, principalmente quando se trata de economizar algo que não é pago, diretamente, por nós. Um bom exemplo é o papel sulfite, artigo de primeira necessidade na secretaria de qualquer escola e que, normalmente, as pessoas pegam usam, rasgam, jogam no lixo, dão para crianças rabiscarem, como se nada fosse... Na escola onde eu trabalho todos já sabem: impresso que não vai ser usado, vira bloco de rascunho para ser escrito do outro lado; criança que vai pra secretaria e quer desenhar, desenha em papel de rascunho; bilhete para colar no caderno das crianças, deve ser feito da forma mais sucinta e bem diagramado para que caibam muitos em cada folha de sulfite. E como a secretaria é o meu reino, dentro do possível, o pessoal respeita...rs

Às vezes, são detalhes pequenos, mas que fazem uma diferença enorme no final do mês. Pensando nisso, andei pesquisando para ver se as empresas (principalmente as públicas, que gastam nosso dinheiro de contribuinte) estão preocupadas em reduzir seus gastos e implantar programas de consumo consciente. Até que achei rapidinho alguma coisa:


E é o Governo de Minas Gerais que está fazendo. Parabéns, colegas do estado! A colega do município aqui agradece ;-)

Aqui um trecho bem simples e prático

ATITUDES QUE FAZEM DIFERENÇA

• COPO DESCARTÁVEL: uso de apenas um copo descartável por período de trabalho, ou substituição deles por caneca ou garrafinha individual.

• BANHEIROS: descargas rápidas; lixo no recipiente adequado e não no vaso sanitário; uso de toalhas de papel de alta absorção (duas são suficientes); torneira fechada ao ensaboar as mãos ou escovar os dentes, abrindo apenas para enxaguar. Redução do tempo do banho.

• COMPUTADOR: monitor desligado no intervalo de almoço. No final do dia: computador e estabilizador desligados.

• ENERGIA: certificação pela última pessoa a sair, do banheiro ou da sala, se não há luzes acesas. Verificação se o ar condicionado ou os ventiladores estão desligados. Usar escadas e não elevador para subir ou descer um andar.

• PAPEL: evitar impressões desnecessárias, revisando arquivos na tela do monitor. Uso do verso dos papéis para anotações e impressões. Guarda de envelopes usados, inclusive aqueles recebidos, para reutilização.

• CARTUCHO DE TINTA: pensar antes de imprimir. Se for necessário, uso preferencial do modo rascunho.

• MATERIAL DE ESCRITÓRIO: Recolhimento de clipes e gominhas para serem reutilizados; uso de toda capacidade de memória de cds e disquetes. Uso cuidadoso de equipamentos para aumentar sua vida útil.

• EMBALAGENS: Recusa de embalagens desnecessárias para evitar geração de resíduo sólido.

Dá pra começar a mudar, né? Ah, vai... Nem é tão difícil! :-)


Monday, October 18, 2010

A Ana Luíza fez 1 aninho!



Ela não é uma fofa? Minha priminha Ana Luíza... Filha do meu primo Alexandre e da Sílvia, a mamãe orgulhosa que aparece na foto. Ela é mega-simpática e cheia de decisão, mas de-tes-ta fotografia. Eu devo ter tirado umas 10 fotos dela e em nenhuma ela olhava para a câmera. Ao contrário, sempre virava o rosto em cima da hora. Fazer o que, né? rs


Pois então... Esta família é uma coisa! Ao invés de ficar na sala, perto da mesa do bolo e junto com os outros convidados, não... Isso é quase uma tradição!!! Todo mundo "entocadinho" lá embaixo, ao lado da piscina. Na foto, o sócio, a cunhada, minha mãe lá no fundo, a blusa branca do meu tio (o avô orgulhoso da Ana Luíza), meu pai bem no cantinho e meu irmão, tentando jogar a fumaça do cigarro pra longe porque ali era "área de não fumante"...rs


Ai, que vergonha...rs Ah, mas peraí, assim não dá pra ver que eu segui o conselho da Paulinha para usar rímel!!!! Hmmmm...

Bem... O rímel estava ótimo, mas a foto foi tirada depois da festa, de uma latinha de cerveja (nossa, não bebia uma há meses!!!), de uma corrida pra não pegar chuva. Bom e depois de comer salgadinhos, bolo e docinhos (aaafffff...) o batom saiu. Mas pelo menos eu aproveitei para mostrar meu lindo baralho das Cartas do Caminho Sagrado. Ah, então valeu! ;-)

Saturday, October 09, 2010

Agora mesmo, ao entardecer...

Eu adoro este visu da varanda no meu quarto! :-)
Lá no alto é a lua do sorriso do gato de Alice e, provavelmente, Vênus, glamurosa, ao seu lado.

Thursday, October 07, 2010

Amoras, amores & doçuras


Foi aberta a temporada de amora, minha fruta preferida! :-)

Tenho colhido, todo dia, pelo menos um prato fundo cheio delas. Então, já viu... Amora pura, doce de amora, vitamina com amora, salada de fruta com amora, bolo com recheio e cobertura de amora...rs

Este que aparece aí na foto acabou tão rapidamente que nem consegui fotografá-lo inteiro...rs

A receita é invenção minha!:-)

Um bolo de laranja básico...
2 colheres de margarina + 2 xícaras rasas de açúcar cristal = misturar até virar um creme
Acrescentar 2 ovos inteiros e misturar
Acrescentar 2 xícaras bem cheias de farinha de trigo, continuar misturando
Acrescentar 1 xícara de suco de laranja, mistura, mistura, mistura...rs
Finalizar com 1 colher de sopa de fermento, misturar mais (agora acabou!)
Colocar em forma untada e enfarinhada e levar ao forno,

Cobertura de doce de amora: coloque uma colherzinha de chá de ghee (manteiga clarificada) na panela, umas 7 colheres de sopa de açúcar cristal, umas 4 colheres de sopa de vinho. Mexa enquanto aquece e começa a derreter, formando uma calda. Acrescente as amoras (mais ou menos dois copos duplos) e continue mexendo, até que as amoras comecem a desmanchar. Coloque no liquidificador e bata. Volte para a panela e deixe engrossar um pouco, formando um doce mole.

Separe 2/3 deste doce... Ele será a cobertura. Com o restante, 1/3, fiz o recheio, misturando o creme de leite e deixando no fogo mais um pouco, para engrossar, mexendo sempre. Desligue o fogo e deixe esfriar um pouco. Coloque na geladeira por uma ou duas horas.

Quando o bolo estiver frio, corte-os duas vezes para colocar duas camadas de recheio com o creme de amoras com creme de leite (geladinho). Por cima, coloque o doce mole de amoras.

Ficou divino!

Os amores? Ah, é que fiz este bolo para um lanche de tarde, com meu amorzão e meus pais... A doçura? É a fase em que estou... assumindo minhas doçuras interiores...rs

Saturday, October 02, 2010

O ser humano é fascinante! Começando por mim mesma...rs

Remexendo antigos arquivos do computador, descobri textos que mexeram muito comigo, que foram escritos ou "recebidos" há muito tempo(sempre tive momentos de angústia que só paravam quando eu pegava uma caneta e um papel e "ouvia" o que queriam me dizer). Não foi possível calar a frase que usamos muito aqui em casa, eu e o sócio, quando observamos atitudes totalmente incoerentes em nossa volta: "o ser humano é fascinante!" rs Pois me parece que eu também sou absolutamente fascinante, apesar de não me achar muito terráquea, mas ainda assim bastante humana (vocês sabiam que existem humanos em outros planetas? rs)

Minha incoerência, no caso, é relativa ao que já ouvi, percebi, vivenciei, desde criança, e que não assimilei completamente, caso contrário, não passaria pelo que venho passando nos últimos tempos. Ai, ai... Tenho que ter paciência comigo mesma...rs

Resolvi transcrever aqui o texto que recebi, em 1994, e o texto que escrevi, em 2004. Encontro ambos juntinhos e penso que preciso confiar mais em mim mesma e nos que me protegem.

Venha irmã, venha para a nossa ceia. Venha mexer o caldeirão que guarda o mistério da mesa. Cante conosco a canção mais antiga que a morte. Cante o sopro do vento. Cante cada parte da melodia, cante com o som que não pode ser ouvido... O seu corpo baila no ritmo do desconhecido...

Venha irmã, venha participar da festa. Descubra que quando somos o que somos não somos mais uma. A partir de agora você é “todas”. Venha irmã e não se sinta sozinha. Descobrirá a verdadeira amizade e não o que lhe foi mostrado até hoje. Pequena irmã da força suave: dê 3 voltas em torno da fogueira, toque seu coração na brasa, toque os lábios na água. Deixe o vento soprar em sua testa e enterre seus pés no solo fértil.

Seu juramento é para eternizar a sua Natureza. Não poderá ser julgada por homem, porque não faz parte das suas leis. Não poderá ser caluniada, porque suas antepassadas já absorveram todas as injúrias. Não poderá morrer pois sua alma alcançou a imortalidade. Não mais poderá gerar filhos físicos, pois passará a ser a geradora da luz. Não poderá ter medo, pois terá acesso ao Poder. Não poderá ser egoísta, pois agora será mais responsável do que nunca por cada um dos seus atos. E por fim poderá ser eternamente uma criança, pois sua alma, bem como seu corpo, não envelhecerá.

Que assim seja pela luz da Matriarca. Que os louros cubram a sua cabeça porque assim está escrito e que o Amor da Grande Mãe Terra oriente cada um de seus passos na estrada da vida. Por Morgana que ainda vive dentro de ti, pelas Salamandras, pelos totens sagrados da cidade dos portões de ouro, pelos que voam e pelos que rastejam, pelo céu e pelo interior da Terra. Seja bem-vinda!”

Recebido em 08/11/1994


Um pouquinho de História

A palavra wicca, também utilizada para denominar a bruxaria, quer dizer “curar ou moldar”, ou seja, moldar as energias sutis para curar, melhorar...

A Igreja e o Estado iniciaram um processo de perseguição, primeiramente sutil, aos pagãos, através de atitudes como: diminuir o poder e a autonomia do cidadão (Estado); divulgar a figura feminina como demoníaca para reduzir a influência da Deusa e abarcar mais fiéis (Igreja); impedir que erveiras, curandeiras e parteiras mantivessem a sua credibilidade junto ao povo, para torná-lo mais dependente, principalmente em momentos de fragilidade, como doença e parto (Estado e Igreja); retirar o homem do campo e trazê-lo para a cidade como forma de aumentar a oferta de mão-de-obra e manter suas atividades mais facilmente observáveis (Estado); travar a atividade sexual, antes encarada de forma mais natural e equilibrada, por ser um poderoso veículo de poder pessoal (Igreja).

Em 1484, a bula papal de Inocência VIII liberou o poder da Inquisição contra a Antiga Religião e este período de trevas, que se estendeu até meados do século XVII levou à morte cerca de 9 milhões de pessoas, entre homens, mulheres e crianças, essas sob suspeita de ter herdado o “Mal” através de suas mães. Acredita-se que 80% das pessoas que foram queimadas pela Inquisição eram mulheres.

Inocentes sardas ou verrugas eram consideradas marcas do diabo e a tortura neste período foi livremente utilizada para arrancar confissões de pactos e rituais demoníacos que existiam muito mais na cabeça dos inquisidores do que no dia-a-dia dos camponeses.

Com este processo surgiram profissões pouco nobres como caçadores de bruxas e informantes, que ganhavam recompensas fartas e podiam ter uma vida confortável. A instituição médica masculina, em ascensão, acolheu com prazer a chance de eliminar as parteiras e os herbanários dos vilarejos, seus principais concorrentes e, na época, líderes de mercado, se é que se pode dizer assim...

Escrito em 27/06/2004

Friday, October 01, 2010

Como é linda a Primavera!


Lorraine fantasiada de margarida na festa da Primavera da escola onde trabalho. Adorei tirar esta foto! :-)

Monday, September 27, 2010

A dor e a delícia de se mudar de DNA

A quantidade de artigos e entrevistas sobre a mudança de DNA - também chamado "processo de ascensão" - que encontramos pela Internet é impressionante! Este assunto já estava circulando na rede há algum tempo, mas nunca me chamou tanto a atenção até seis meses atrás. Foi quando eu comecei a ter crises de pânico, sem nenhuma razão aparente, e quando a minha menstruação desapareceu e comecei a ter sintomas de menopausa, apesar de ter 42 anos e de ser de uma família em que as mulheres entram na menopausa perto dos 60 anos.

Nestes seis meses passei por várias fases. No começo, custei a acreditar que não estava gravemente doente. Achava que ia morrer mesmo e é uma coisa tão angustiante, que não conseguia expressar o que estava sentindo: não chorava, não pedia socorro e às vezes não conseguia nem ao menos ligar para o meu médico homeopata, apesar dele me deixar sempre a vontade para procurá-lo a qualquer hora do dia ou da noite. De um modo geral, minha vontade era de, simplesmente, abrir a porta de casa e sumir... Andar tanto, pra algum lugar não específico, desaparecer do meu mundo conhecido.

Nesta fase inicial, lembro que meus minutos de alegria diários eram quando eu pegava carona de moto para a escola e que sentia o vento gelado batendo em mim. O vento frio, apesar de eu ser, normalmente, muito friorenta, causava um certo alívio dos sintomas. Qualquer contato físico era, para mim, meio torturante, eu sentia uma certa aversão à proximidade física e carinho. Minha cabeça não parava de funcionar, com pensamentos invasivos sendo disparados em uma rapidez tão impressionante, que eu podia jurar que estava enlouquecendo pra valer!

Não quis ir ao psiquiatra, apesar de ouvir várias recomendações para fazer isso. Preferi me tratar com homeopatia (minha opção desde os 17 anos), acupuntura e terapia craniossacral. Além disso, fazia Reiki em mim mesma todos os dias, praticava o Ho'oponopono e mais adiante comecei a fazer yoga terapia hormonal, uma técnica desenvolvida por Dinah Rodrigues (vale a pena ler o livro). Na verdade, eu não me conformava muito com esta história de Síndrome do Pânico & Menopausa Precoce, algo não batia bem dentro de mim em aceitar isso.

Até que um dia eu comecei a procurar na net os sintomas que eu estava tendo e fui parar em um destes sites que falam do processo de ascensão. Fiquei muito impressionada com a descrição perfeita de tudo que eu estava sentindo e me lembrei que em 1991, quando ninguém falava de mudança de DNA, um empresário que eu fui entrevistar começou a me falar sobre esse assunto e me disse, inclusive, que eu tinha várias características de quem estava mudando de DNA. Na época, achei o papo estranho, mas como sempre gostei de papo estranho...rs

Pois bem, quando fui toda feliz contar para o sócio sobre minha descoberta, ele começou a rir de mim, perguntando se eu ia virar mestra ascensionada. Confesso que fiquei bem chateada, pois eu estava sofrendo muito com todo aquele processo que, por um lado era emocional, mas, por outro, era muito físico! A cada crise que eu tinha, o meu corpo ficava muito dolorido, pelo tanto que vibrava internamente. Era muito desgastante...

Hoje, não posso dizer que estou totalmente "normal" (diz o marido que eu nunca fui totalmente normal mesmo...rs), mas melhorei muito e tenho certeza que estou no caminho certo para encontrar meu equilíbrio. Resolvi, então, fazer esta postagem e listar meus sintomas, quem sabe desta forma consigo ajudar outras pessoas que estejam passando pela mesma situação.

Sintomas, em ordem cronológica de aparecimento e suas variáveis:

* Taquicardia muito forte
* Cabeça pulsando
* Dores de cabeça variadas e em partes diferentes da cabeça
* Tremedeira
* Dores no peito
* "Secura", como se o emocional estivesse bloqueado, não conseguia chorar
* Vontade de largar tudo e sumir
* Sensação de estar acalorada e muito agitada sempre
* Elevação da pressão arterial (chegou a 14 por 9, sendo que sempre foi 10 por 6)
* Dores "que andam" em especial no peito, braços e mãos
* Estranha vibração que toma o corpo todo, como se as células estivessem acelerando
* Visão turva e ardência nos olhos
* Sensação de estar louca, perdendo o contato com o que chamamos realidade
* Sensação de "algo mexendo dentro da cabeça"
* Pensamentos se atropelam na cabeça e tudo parece muito confuso
* "Premonições difusas", não chegam a se formar completamente, mas é como se fosse "adivinhar" alguma coisa
* Menstruação desaparecida
* Calores que sobem pelo peito, apertam a garganta a ponto de sufocar e espalham pelo rosto
* Falta de libido, apesar de muita energia corporal
* Saúde extremamente boa, imunidade alta (na escola, todos caíram gripados no inverno, eu não)
* Fome muito instável. Ora muita fome, ora fome nenhuma
* Vontade de comer doce (nunca liguei muito)
* Crise de choro com súbita lembranças de fatos da infância

O mais importante durante os sintomas é ter confiança de que tudo vai passar e que quanto mais estivermos tranquilos e entregues ao nosso "Deus Interno", mais fácil será superá-los.



Monday, September 20, 2010

Eleições: o que se esconde por detrás do nosso voto?


Está chegando aquele momento em que todos fazem questão de treinar o discurso, tanto os políticos quanto os cidadãos de bem de plantão, que adoram nos lembrar de nossos direitos cívicos, patrióticos ou seja lá o que for. Pois é, a tal da eleição!

Outro dia estava me perguntando: será que eu deixei que os anos, a experiência e os cabelos brancos por debaixo do xampu tonalizante me transformassem em uma criatura amarga e sem esperança? Creio, sinceramente, que não. Mas, sem dúvida, me transformaram em uma pessoa menos iludida e ingênua (no mal sentido).

Já acreditei que poderíamos avaliar o nível de democracia de um determinado país pelo direito ao voto direto. Isso, certamente, foi uma conclusão de alguém que viveu a infância e parte da adolescência dentro de uma ditadura militar. Hoje, com os olhos mais abertos e a visão crítica bem mais apurada, percebo que dar direito ao voto sem dar candidatos decentes para se votar vale muito pouco em termos democráticos.

Mas vamos por partes, porque o assunto é longo é polêmico.

A primeira questão a ser levantada é a seguinte: por que somos obrigados a votar? Isso deveria ser um direito e não um dever! Pois eu respondo: porque, se o voto não fosse obrigatório, teríamos um record de abstenções que deixaria bem claro que algo estava errado em relação aos candidatos apresentados. Em países em que o voto não é obrigatório, só costuma votar o eleitor mais consciente e, caso não haja alguma fraude, os políticos eleitos (sejam eles bons ou não) são resultado do direito de escolha do povo.

Agora, acompanhem comigo... Qual seria o resultado desta mistura-braba: voto obrigatório, país com nível educacional/cultural baixo, com falta de orientação política e... políticos sem ética? Na minha opinião, seria o voto só para "cumprir tabela", desvinculado de qualquer consciência cidadã, ou o voto por interesse de barganha (meu voto por uma cesta básica, meu voto por cimento e tijolo).

Vamos um pouco mais além e pensar no seguinte: até que ponto, mesmo nós, criaturas que tiveram acesso à educação, cultura e formação política, não agimos mecanicamente, como bichinhos condicionados? Todos nós repetimos, como papagaios, aquele velho refrão " anular voto é coisa de gente ignorante". Quem disse? Provavelmente, aqueles que têm profundo interesse em receber o nosso voto a qualquer preço!

Tentemos, então, escapar do condicionamento, da programação repetida tantas vezes em nossa cabeça, que faz uma mentira virar verdade. Se precisamos votar em alguém que deve nos representar e, ao olharmos a lista de candidatos, não conseguimos encontrar alguém que seja digno de nos representar... alguém em quem confiamos, que admiramos, com quem compartilhamos ideologias e opiniões, então, o lógico é que tenhamos a opção de não votar. Se não temos esta opção, já que o voto é obrigatório, que anulemos nosso voto, pois esse ato é o que melhor expressa a nossa opinião sobre os candidatos que nos são apresentados.

Com isso - vejam bem! - não estou fazendo aqui a apologia ao voto nulo, mas, com certeza, estou defendendo o direito de não votarmos em pessoa alguma, caso não se apresentem candidatos que mereçam o nosso voto. E que façamos isso de forma consciente e segura, de "cabeça erguida", por saber que esta, sim, é uma atitude ética, com vistas ao bem comum e de seriedade política.

Eu já decidi: vou votar somente em um candidato para Deputado Estadual. É alguém que já foi prefeito de minha cidade e simplesmente foi a melhor gestão que tivemos! É um homem inteligente, honesto, chato de tão correto (por isso que nos damos bem...rs), competente e merece meu voto. Se ele vai ganhar? Não sei... Mas isso não é corrida de cavalos, pra gente querer apostar em quem vai ganhar! De resto, votarei nulo. Assim... Sem peso na consciência!

Cabe mais um adendo: se o Serra eu não quero de jeito algum e a Marina já não me diz tanto quanto já disse antes; em relação à Dilma, digo que o governo Lula pode não ter sido o governo dos meus sonhos (efetivamente, não foi), mas em termos gerais, foi o melhor governo que tivemos no pós ditadura. Só alguém acometido de amnésia (ou banqueiros, ou presidentes norte-americanos, ou...) pode dizer que o governo Fernando Henrique foi melhor... Mas enfim, cada um com seu cada um. Por outro lado, exatamente porque o governo Lula não foi o governo dos meus sonhos, que não vou votar em sua candidata. Estou cansada de, na política (e em outras coisas da vida também) ter que escolher o "menos ruim" ou o mais ou menos.

Já faço a prévia para as eleições municipais de 2012: possivelmente, vou votar nulo de ponta a ponta! Porque mais catastrófico do que o 21 de dezembro, com as previsões de profecias Maias e apocalípticos de plantão, será a lista de candidatos para vereador e prefeito que teremos por aqui, na cidade onde eu moro. Quem viver, verá!

PS: coloquei a imagem de uma urna tradicional em sinal de protesto contra a urna eletrônica, uma das maiores mentiras (dita mil vezes pra virar verdade) da vida política brasileira. Para quem tiver curiosidade, ler: isto e isto.

Saturday, September 18, 2010

Vesti uma roupinha fresquinha e saí por aí...



Pois então...

Da imensa lista de coisas boas que sinto quando o frio tenebroso do inverno são-lourenciano vai embora e o calorzinho chega, uma das que se destaca é a possibilidade de me vestir de uma forma mais bonita, mais leve, menos opressiva. Não sei quem inventou a tal história de que no frio ficamos mais elegantes, nos vestimos melhor... Provavelmente, foi alguém bem anti-ecológico que mora ao norte do Equador e possui uma gama enorme de casacos de pele. Não é o nosso caso, aqui no Brasil-varonil...

Inverno por aqui quer dizer colocar uma roupa por cima da outra, tentando se aquecer desesperadamente! Quem mora no litoral ou em cidades mais quentinhas, consegue resolver isso facilmente. Mas eu, que moro na serra, em um lugar que no inverno os termômetros chegam a marcar 1 ou 2 graus, chego a ficar com claustrofobia durante o inverno! Me afogo dentro de dois ou três pares de meias, meia calça de lã por baixo do jeans, e uma quantidade de blusas e agasalhos que me fazem parecer uma barrica! Isso não é nada elegante!

Outro dia, comentava na escola onde trabalho o absurdo que é termos aqui (e em várias cidades do país) uma temperatura que pode ser comparada com a de alguns lugares da Europa e, no entanto, não termos aquecimento interno nas casas, empresas, prédios públicos. Em resumo, não temos a menor infra-estrutura para administrar o frio do inverno, o que nos torna umas trouxas de roupa durante pelo menos três meses por ano.

Mas isso acabou!!! A-ca-bou! E, se Deus quiser, ano que vem poderei passar mais tempo longe daqui enquanto estiver tão frio. Mamãe me ensinou, quando era criança, que eu devia gostar da chuva, porque a chuva faz bem para as plantinhas. Cresci (não muito) e sempre que chove eu tenho que ficar repetindo para mim mesma "a chuva faz bem pras plantinhas... a chuva faz bem pras plantinhas..." Pois é... Não sou muito chegada à chuva. A chuva de verão eu gosto! Essa sim! Pancadão, pingos grossos, no meio do calor e quando acaba a chuva, volta o sol e traz o arco-íris junto com ele. Dessa eu gosto muuuuito... Mas não gosto daquela chuva fina e depressiva, que se repete durante dias, ou da mais fortinha, que gela os ossos, e faz com que acordar cedo para ir trabalhar seja ainda mais torturante do que o normal. Pois com o frio é a mesma coisa! Acredito que o frio sirva para alguma coisa, já que a Natureza tem um caráter prático inquestionável! Mas que eu não gosto dele, ah, não gosto não... Posso dizer, sem medo de exagerar, que quando chega o mês de Maio, a proximidade das temperaturas mais baixas me deixa deprimida, quando não apavorada. Um medo estranho percorre meu corpo. O medo de sentir frio, as dores do frio, o incômodo do frio, as noites mal dormidas de frio. Convivo com o frio, porque não há outro jeito, mas deixo registrado nos anais da história que faço isso com muito, muito (muuuuuito) sofrimento.

Ainda bem que o calorzinho chegou! Hoje cometi a ousadia de dormir de camiseta e calcinha (tudo bem, ainda por baixo de um grosso edredon), e isso é algo que me remete ao passado... E me traz uma sensação muito boa... Uma época em que eu andava dentro de casa assim, de camisetão e calcinha, estava casada há pouco tempo (primeiro casamento), ainda morava no Rio, terra calorenta, e trabalhava de meio dia às seis, no jornal da AECB. Acordava às sete e pouco e ligava o som... Ia arrumando a casa, fazendo comida, dançando feito doida e cantando também...rs Sempre gostei de ficar sozinha! Acho que foi a coisa mais legal a usufruir depois que me casei: ter uma casa só pra mim durante a manhã! rs

Voltando ao presente... A primeira roupinha foi a que vesti para ir trabalhar na sexta-feira. Fez um sucesso na escola, especialmente o detalhe do terço pendurado no pescoço. A galera falou que era pra rezar as crianças...rs O segundo modelito foi pra ir para a acupuntura de tarde. Os joelhos precisam ficar de fora para receberem agulhadas! :-)

Ah, calorzinho bom... Obrigada, Senhoooorrrr!!!!!

Wednesday, September 15, 2010

Chegou!!!!! Já posso trazer a chuva! :-)

Graças aos deuses que ainda resta algo de narcisismo nesta criatura que vos fala!!! rs

Explico: é que diante de tanta crise interna, tique-tique nervoso e outros quetais (yeah! adoro quetais..rs), é bom perceber um pouco de auto-estima despontando no horizonte!

A questão mais importante, no entanto, é: meu tambor lindo maravilhoso, salve-salve chegou! :-))) Era para eu colocar uma foto minha tocando o dito cujo, mas as fotos ficaram todas feias e esta, em que ele aparece lá no fundo, ficou tão simpática... Pois então!

Fica o tambor em segundo plano e euzinha em primeiro plano, afinal de contas, sou eu que vou tocá-lo (se tudo der certo...rs) Ainda posso fazer uma dança da chuva pra ver se a bendita cai!

Hoje estou num dia SIM, acho que dá pra notar ;-)

Sunday, September 12, 2010

A moça sem mãos

Havia uma vez um moleiro que, pouco a pouco, foi caindo na miséria e nada mais lhe restou que seu velho moinho, atrás do qual havia uma macieira. Certo dia, tendo ido catar lenha na floresta, aproximou-se dele um velho que nunca tinha visto antes, o qual lhe disse:

- Por que te cansas tanto a rachar lenha? Se me prometeres o que está atrás do moinho eu te tornarei imensamente rico.

"O que mais poderá ser, senão minha macieira?" pensou o moleiro, que respondeu:

_ Está bem, prometo - E o desconhecido fê-lo assinar um compromisso.

- Daqui a três anos virei buscar o que me pertence., - disse o velho sorrindo, sarcasticamente, e indo embora.

Ao voltar para casa, sua mulher correu-lhe ao encontro e, admirada, perguntou-lhe:

- Dize-me, marido, de onde vem essa riqueza que subitamente nos invadiu a casa? Todos os caixotes e caixas, de maneira inesperada e repentina, ficaram cheios de coisas. Não vi pessoa alguma entrar em casa e trazer tudo isso, e não sei explicar de onde veio.

O marido então explicou:

- Foi um desconhecido que encontrei na floresta. Ele prometeu-me grandes tesouros se lhe cedesse o que está atrás do moinho. Assinei um compromisso que lhe cederia, pois bem, podemos dar-lhe nossa macieira, não achas?

- Ah, marido, - gritou, espantada, a mulher - esse desconhecido era o diabo! E não era a macieira que ele prtendia, mas a nossa filha, que estava nessa hora varrendo o quintal atrás do moinho!

A filha do moleiro era uma jovem muito bonita e muito piedosa. Passou aqueles três anos no mais santo temor de Deus e sem cometer nenhum pecado. Decorrido esse prazo estabelecido, no dia em que o diabo decia ir buscá-la, ela lavou-se bem e com um giz traçou um círculo ao seu redor. Logo cedo o diabo apareceu, mas não lhe foi possível aproximar-se dela. Então, muito zangado, disse ao moleiro:



- Tens que tirar-lhe toda a água a fim de que não possa lavar-se, porque senão não terei nenhum poder sobre ela.

O moleiro, amedrontado, prontificou-se a obedecer. Na manhã seguinte, o diabo, apareceu novamente, mas ela havia chorado sobre suas mãos e estas estavam completamente limpas, de novo o diabo não conseguiu aproximar-se dela. Então, furioso, disse ao pai:

- Corta-lhe as mãos, do contrário não poderei levá-la!

O pai, horrorizado, queixou-se:

- Como poderei cortar as mãos de minha própria filha?

O demônio então ameaçou-o, dizendo:

- Se não o fizeres, tu serás meu e levar-te-ei comigo!

O moleiro, acabrunhado, prometeu obedecer-lhe. Foi ter com a filha e disse:

- Querida filha, o diabo ameaçou levar-me se eu não cortar as tuas mãos; dominado pelo medo, prometi fazê-lo. Ajuda-me nesta minha angústia e perdoa-me pelo mal que te faço.

- Querido pai - respondeu a jovem - sou vossa filha, podeis fazer de mim o que quiserdes.

Estendeu-lhes as mãos, deixando que lhas cortasse.

O diabo veio pela terceira vez, mas ela havia chorado tanto, durante todo o tempo, sobre seus pobres côtos que estes ficaram limpíssimos. Tendo assim perdido qualquer direito sobre ela, o diabo foi obrigado a desaparecer.



- Graças a ti - disse-lhe o pai - ganhei essas riquezas imensas, portanto, quero tratar-te daqui por diante, até o fim de tua vida, como uma rainha.

- Não, meu pai, não posso mais ficar aqui, devo ir-me embora. Não faltarão por esse mundo além criaturas piedosas que me darão o necessário para viver.

Depois mandou que lhe amarrassem os cotos atrás das costas e quando o sol raiou despediu-se e pôs-se a caminho. Andou sem rumo certo, o dia inteiro até ao cair da noite. chegou assim ao jardim do palácio real e, como estivesse o luar muito claro, pode ver as árvores carregadinhas de frutos, mas não podia entrar no jardim, pois era cercado em toda a volta por um largo fosso.

Ora, tendo caminhado o dia inteiro sem comer nada, sentia-se desfalecer de tanta fome e pensou "Ah, quem me dera estar lá dentro e comer algumas frutas! Senão terei que morrer aqui de fome" Então ajoelhou-se e rezando fervorosamente invocou o auxílio de Deus. No mesmo instante, apareceu um anjo que abaixou uma comporta, esgotando a água do fosso e, assim, ela pode atravessá-lo.

Entrou no jardim, sempre acompanhada pelo anjo. Viu uma árvore carregada de frutas. Eram pêras bonitas e maduras, mas estavam todas contadas; a jovem aproximou-se da árvore e com a boca colheru uma pêra a fim de aplacar a fome. O jardineiro viu-a, mas como o anjo estava junto dela, ficou com medo, julgando que a moça fosse uma alma do outro mundo e não disse nada, nem mesmo ousou chamá-la ou interrogá-la. Tendo comido a pêra, que lhe matou a fome, ela foi esconder-se num bosque que havia ali por perto.

Na manhã seguinte, o rei desceu ao seu jardim e foi direitinho contar as pêras da pereira, notou que faltava uma e perguntou ao jardineiro que fim tinha levado, pois não a via ali no chão debaixo da árvore. portanto, estava mesmo faltando. O jardineiro então contou-lhe o ocorrido.

Quando escureceu, o rei desceu ao jardim. Trazia junto um padre, que devia interpelar a alma do outro mundo que o jardineiro vira. Sentaram-se os três: o rei, o padre e o jardineiro., debaixo da árvore e ficaram aguardando. Quando deu meia-noite, a moça saiu do bosque, chegou à pereira e comeu outra pêra, colhendo-a com a boca, continuava do seu lado o anjo de vestes brancas como a neve. O padre levantou-se, deu alguns passos em sua direção e perguntou:

- Vieste de Deus ou do mundo? És um espectro ou um ser humano?

- Não sou nenhum espectro - respondeu a moça - sou uma pobre criatura abandonada por todos, menos por Deus.

O rei, ouvindo isso, aproximou-se e disse-lhe:

- Se todos te abandonaram, eu não quero te abandonar, vem!

Levou-a para seu castelo e, notando o quão bela e piedosa era, logo se apaixonou. Ordenou que se lhe fizessem duas mãos de prata e depois casou-se com ela.

Passou-se um ano muito feliz, tendo, porém, que partir para a guerra, o rei recomendou a jovem rainha à sua mãe, dizendo:

- Assim que ela der à luz a criança que está esperando, cuidai bem dela e escrevei-me, imediatamente!



E a rainha deu à luz um lindo menino. A velha mãe apressou-se a escrever ao rei, annunciando a feliz nova. Pelo caminho, porém, o mensageiro, muito cansado, deteve-se perto de um riacho a fim de repousar um pouco e não tardou a adormecer. Não demorou muito e apareceu o diabo, que não perdia a menor ocasião para fazer mal à rainha; pegou a carta que o mensageiro levava e trocou-a por outra, que dizia ter a rainha dado à luz um monstrengo.

Ao receber a carta, o rei espantou-se e ficou profundamente desolado, porém respondeu dizendo que tratassem bem da rainha até o seu regresso. O mensageiro, de volta com essa outra carta, deteve-se outra vez no mesmo lugar para repousar e adormeceu. Então, o diabo aparecendo, tornou a substituir também essa por outra, na qual era ordenado que matassem a rainha e o filho.

Ao ler essa carta, a velha mãe ficou horrorizada, não podendo acreditar em tal ordem; então escreveu novamente ao filho mas não obteve resposta, porque o diabo sempre trocava as cartas e da última vez veio com ordem expressa de conservar a língua e os olhos da rainha como prova de sua morte.

A velha mãe chorava à idéia de ter que derramar aquele sangue inocente e não sabendo como sair-se de tão penoso encargo, durante a noite, pediu que lhe trouxessem uma gazela, cortou-lhe a língua, arrancou-lhe os olhos e guardou-os. Depois foi ter com a rainha dizendo:

- Não tenho coragem de executar as ordens do rei, que mandou matar-te, mas não podes continuar aqui, vai pois por esse mundo afora com o teu menino e não voltes mais.

Tendo dito o que devia, amarrou a criança nas costas da pobre mulher, que se foi toda chorosa.Chegando a uma grande floresta virgem, ajoelhou-se e pos-se a rezar, fervorosamente, o Anjo do Senhor apareceu-lhe e conduziu-a a uma casinha, na qual havia uma tabuleta com os seguintes dizeres: "aqui mora quem quiser, livremente". Da casinha saiu uma donzela alva como a neve e foi ao seu encontro:

- Sê bem-vinda, minha rainha!

Convidou-a para entrar, desamarrou a criança de suas costas e achegou-aao seio para que a amamentasse, deitando-a depois em um lindo bercinho. A pobre mãe lhe perguntou:

-Como sabe que sou a rainha?

- Sou um anjo enviado por Deus para cuidar de ti e do teu menino.

A ex-rainha viveu nesta casa por sete anos, sempr magnificamente tratadae, graças a sua piedade, Deus permitiu que lhe crescessem novamente as mãos.

Enquanto isso, o rei voltando da guerra, quis ver a esposa e o filho. A velha mãe, em prantos, recriminou-o:

- Homem perverso! Por que escrveste ordenando que matasse dois inocentes? - e mostrou-lhe as cartas falsificadas pelo demônio, acrescentando:

- Fiz quanto me ordenaste - e apresentou-lhe as provas pedidas: a língua e os olhos.

O rei não pode conter-se e desatou a chorar, e bem mais amargurado, pela sua querida esposa e pelo filhinho. Chorava tão desesperadamente que a velha mãe, apiedando-se dele, confessou:

- Acalma-te, não chores mais; ela aidna está viva. Mandei matar, em segredo, uma gazela e as provas que tens aí são a língua e os olhos dela. quanto a tua mulher, amarrei-le o filho às costas e disse-lhe que se fosse pelo mundo e prometesse nunca mais aparecer por aqui, pois tu estavas tão furioso, que receei por ela. O rei, acalmando-se, disse:

- Irei até onde acaba o azul do céu, sem comer, nem beber, a procura de minha querida esposa e de meu filhinho, se é que ainda não morreram de fome.

Pos-se a caminho. andou vagamento durante sete anos, sondando todos os penhascos e cavernas, mas não a encontrou e então julgou que tivessem morrido. Durante ese tempo todo não comeu, nem bebeu conforme havia prometido. Deus, porém, o manteve vivo e são. Finalmente, depois de tanto perambular, passou pela floresta virgem e encontrou a casinha com a tabuleta na qual estava escrito "Aqui mora quem quiser, livremente" Saiu de dentro dela a donzela alva como a neve que, pegando-lhe a mão, convidou- o a entrar:

- Sede bem-vindo, majestade! - e perguntou-lhe de onde vinha. Ele respondeu:

- Venho de longe! São quase sete anos que ando a procura de minha esposa e meu filho, mas não consigo encontrá-los.



O anjo ofereceu-lhe alimento e bebida, mas ele recusou, dizendo que só queria descansar um pouco. Deitou-se e cobriu o rosto com um lenço e fechou os olhos. O anjo então foi ao quarto onde estava a rainha com o menino, aquem pusera o nome de Doloroso, e disse-lhe:

- Vem e traz teu filho, acaba de chegar teu esposo.

A mulher foi e aproximou-se de onde ele estava dormindo; nisso caiu-lhe o lenço do rosto e ela disse ao menino:

- Doloroso, meu filho, apanha o lenço do teu pai e cobre-lhe o rosto.

O menino recolheu o lenço e cobriu o rosto do pai, este semi-adormecido apenas ouviu o que diziam e deixou cair outra vez o lenço. O menino então disse impaciente:

- Querida mamãe, como posso cobrir o rosto de meu pai? Eu não tenho pai na terra! Aprendi a oração que me ensinaste: Pai nosso que estás no céu. Tu sempre disseste que meu pai estava no céu e que era o bom Deus. Como posso agora reconhecer um homem tão selvagem? Este não é meu pai!

A estas palavras o rei sentou-se e perguntou a mulher quem era.

- Sou tua esposa - respondeu a rainha - e este é teu filho Doloroso.

vendo que as mãos dela eram verdadeiras, disse o rei:

- Minha esposa tinha mãos de prata!

Foi o bom Deus que me fez crescer estas mãos naturais - respondeu ela

O anjo então foi ao quarto dela e trouxe as mãos de prata, mostrando-as ao rei. Isso convenceu o rei que ela era realmente a sua esposa e o menino seu filho. Apertou-os em seus braços ebeijando-os com grande ternura disse:

- Agora caiu-me um grande peso do coração.



O anjo do Senhor mais uma vez serviu-lhes comida e bebida. Depois regressaram todos ao palácio, para junto da velha mãe. Houve grande alegria por todo o reino, e o rei e a rainha celebraram outra vez as suas núpcias, vivendo felizes até a sua santa morte.

Irmãos Grimm

PS: Esta história foi cercada de muita sincronicidade... Pois em um dia em que contava para a chefinha sobre uma crise de choro que tive, ela, exímia contadora de histórias, disse "as lágrimas limpam!" e citou este conto, que eu não conhecia. No mesmo dia, de noite, fui até a loja do meu irmão, um sebo, e ao folhear um livro dos Irmãos Grimm encontrei esta história, da qual nunca tinha ouvido falar até aquele mesmo dia de manhã. Comprei o livro na hora!

Saturday, September 11, 2010

Meu mais novo herói!


"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" há 500... O irmão europeu da alfândega pediu-me um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financeiro europeu pede ao meu país o pagamento, com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse. Outro irmão europeu explica-me que toda a dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros, sem lhes pedir consentimento.

Eu também posso reclamar pagamento e juros. Consta no "Arquivo da Companhia das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos de 1503 e 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.

Teria aquilo sido um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento!

Teria sido espoliação? Guarda-me, Tanatzin, de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.

Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a actual civilização europeia se devem à inundação dos metais preciosos tirados das Américas.

Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas uma indenização por perdas e danos.

Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva.

Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano "Marshall Montezuma", para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra e de outras conquistas da civilização.

Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar: Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos?

Não. No aspecto estratégico, dilapidaram-nos nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias outras formas de extermínio mútuo.

No aspecto financeiro, foram incapazes - depois de uma moratória de 500 anos - tanto de amortizar capital e juros, como de se tornarem independentes das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.

Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar, o que nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos para cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo.

Limitar-nos-emos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, concedendo-lhes 200 anos de bónus. Feitas as contas a partir desta base e aplicando a fórmula europeia de juros compostos, concluimos, e disso informamos os nossos descobridores, que nos devem não os 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, mas aqueles valores elevados à potência de 300, número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra.

Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue?

Admitir que a Europa, em meio milénio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para estes módicos juros, seria admitir o seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas.

Tais questões metafísicas, desde já, não nos inquietam a nós, índios da América. Porém, exigimos a assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente na obrigação do pagamento da dívida, sob pena de privatização ou conversão da Europa, de forma tal, que seja possível um processo de entrega de terras, como primeira prestação de dívida histórica..."

Quando terminou seu discurso diante dos chefes de Estado da Comunidade Européia, Guaicaípuro Guatemoc não tinha a menor idéia de que acabara de expor uma tese de Direito Internacional para determinar a verdadeira dívida externa.

Fonte:
http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1456


Thursday, September 02, 2010

Vida saudável

Bons ventos primaveris por aqui!

Quando retomo meu gosto pela cozinha é sinal de que as nuvenzinhas escuras saíram de cima da minha cabeça!

Nos últimos dias tenho feito sempre uma saladinha charmosa, saudável, bonita e gostosa (é salada, tá, gente! rs), pra mim e pro marido, antes do almoço propriamente dito. Marido está adorando o novo charme... São aquelas coisas que a gente sabe, mas acaba deixando pra lá... Tem a ver com o fato dos legumes e verduras serem assimilados pelo organismo mais rapidamente, o lance das enzimas, blablablá, essas coisas...rs É sempre bom primeiro comer a salada e depois o restante da comida.

A saladinha de hoje teve participação especial da rúcula e da salsinha colhidas no quintal, além da alface, da cenoura e da cebola da quitanda mesmo. Temperinho de shoyo e azeite extra-virgem (amo azeite!)

Também andei fazendo uns bolos gostosos, mas como faço eles de noite, quando a iluminação pra foto é péssima, eles não costumam durar inteiros até o dia seguinte quando há luz suficiente. Sabe como é, o marido é guloso e passa a manhã inteira sozinho em casa: ele e o bolo. É exigir demais do auto-controle de um homem...rs

Tuesday, August 24, 2010

Momentos simples e especiais


Eu nem sabia da existência destas fotos... Foi a Jô, uma das auxiliares de creche, que tirou durante a festinha de Páscoa dos fofuxos lá da escola. Olhando assim, a primeira coisa que penso é que sempre que vejo uma foto minha espontânea, sem que eu soubesse que estava sendo fotografada, não me reconheço. Olho e não acho que seja eu... Acho que é uma pessoa: mais interessante que eu, mais bonita que eu, mais feliz que eu e mais magra que eu... rsrsrsrs

Outra coisa que reparei foi: como eu gosto de bebês e criancinhas!!! Basta ver o carinho e a atenção que estou tendo com o Luiz Henrique, na primeira foto, e a minha cara de encantamento, vendo a apresentação da creche. Aliás, foi o Luiz Henrique quem me arrastou para um papo sério! Eu estava no pátio ajudando em alguma coisa, quando ele veio e simplesmente pegou na minha mão e me puxou até o banco, sentou e não largou a minha mão. Tentava falar alguma coisa, se comunicar, mas não saíam palavras, só barulhinhos...rs Desde abril, ele cresceu um tanto, está um rapaz e tem até uma namorada, a Lorrayne, mas ainda não é muito bom com as palavras. Não que isso seja problema, já que ele é ótimo na expressão corporal e facial...rs

Se meus dias na escola fossem sempre assim, poxa!!! Que bom seria...

Ah, na segunda foto a outra moça em estado de encantamento, sorrindo, é a Dani, a chefinha. Ela também seria bem mais feliz se só tivesse dias assim... Será que um dia conseguiremos isso?

Sunday, August 22, 2010

Eu gosto tanto...

...de tomar café da manhã saudável e gostoso, com toda a calma, de preferência acompanhada para uma conversa tranquila

...de assistir o pôr do sol em silêncio, observando o astro rei mergulhar atrás das montanhas

...de acordar com os primeiros raios de sol do dia entrando através da janela e aquecendo o meu corpo

...de caminhar de noite, para me aquecer do frio ou para me refrescar do calor :-)

...de água, banho de banheira, banho de chuveiro, banho de chuva, banho de piscina, banho de mar

...observar, atentamente, crianças pequenininhas brincando e conversando

...fazer de atos rotineiros situações especiais. Exemplo: o jantar em frente ao computador vira jantar em mesa bem posta, com música ao fundo, incenso, vinho e boa conversa; a hora de ir pra cama dormir, vira o momento de conversas íntimas, riso e massagens; a hora de acordar vira o momento de introspecção e meditação para estar em harmonia para começar o dia.

PS: a salada de fruta da foto, com mel e granola, foi o meu café da manhã de hoje.

Saturday, August 14, 2010

Para começar o dia


Estou ainda ensaiando, como o rapazinho, começando baixinho, meio desanimada. Mas tenho certeza que logo logo estarei afinadinha e cantando a plenos pulmões. Porque tem algo acontecendo, em mim e em todo lugar. E é preciso estar aberto a estas mudanças, é preciso silenciar os pensamentos repetitivos e deixar o coração agir.

Esta acontecendo agora, já, silenciosamente, sutilmente. Só quem está sentindo a mesma coisa é que sabe do que estou falando. Isso envolve nosso corpo, nossa energia, o planeta Terra e tudo mais. Nosso DNA não é mais o mesmo de quando nascemos, ele se transforma. Nossas moléculas se aceleram, nosso planeta se acelera e a Ressonância Schumann está aí para provar tudo isso.

Então, temos que entrar na vibração de "Oh happy day", porque cada dia é e será sempre especial, com a nossa consciência ancorada no aqui e agora. Porque aqui e agora é em qualquer tempo e em todo lugar. Mas somente quando fixamos nosso ponto de percepção no presente é que somos capazes de navegar conscientemente no TODO.

Friday, August 06, 2010

Foi assim...




Eu estava tão em estado de encantamento que nem levei máquina e nem tirei foto. Minha mãe ainda sacou da máquina, antes de se deliciar com os quitutes. Foi um níver no melhor estilo "menos é mais": amigos mais íntimos, marido, filho e pais. "Somente o necessário..." porque, no final das contas, com estas pessoas podemos contar.

A primeira foto mostra o ambiente gostoso e as delícias...hmmmm

A segunda foto foi tirada antes de nos sentarmos para o chá, na varanda do hotel. Na verdade, eu não vi, foi "arte" da minha mãe e fiquei emocionada: meu pai e meu filho, dois dos homens mais importantes da minha vida! O terceiro não gosta muito de foto, mas acabou entrando na bagunça e apareceu no cantinho da terceira foto. Eu estou lááá no fundo, com aquele sorriso absoluto de "ai, como estou feliz", o sócio do lado direito, do lado da Clarice e mais a frente a Cris, que ficou parecendo um ser iluminado, por causa do flash...rs Do lado esquerdo, Lúcia e Newton ao fundo. A Deusa chegou depois da foto e a Sônia e a Val não puderam ir. Mamys ficou atrás da máquina (ela detesta tirar fotos, que nem o sócio...rs)

Foi uma tarde bem gostosa! Uma ótima maneira de começar um novo ciclo! :-)

Thursday, July 29, 2010

Aniversário: 1ª comemoração

Hoje é o dia! :-)))

Adorei! Foram várias comemorações... De manhã, com as meninas dos serviços gerais, lá na escola. A piadinha que sempre usamos é que os funcionários da secretaria e o pessoal dos serviços gerais são a "ralé" da escola...rs É porque tudo de bom, os benefícios de recessos, o horário menor de trabalho, tudo isso sempre fica para os professores... E para nós sempre sobra a ralação... Fazer o que, né? Então, hoje, quando cheguei na cozinha com um bolinho para o lanche, as meninas vieram me dar os parabéns e falaram que eu ia comemorar meu níver com a ralé...rs E querem saber? Coisa boa, viu? receber tanto carinho, com direito a cantar parabéns e eu sem saber onde colocar a cara... Nessas horas é que vejo como sou tímida, apesar de não parecer.

Quando eram 11h chegou uma amiga, a Beth, que não poderia ir no chá comemorativo. Conversamos bastante, ganhei presentinho... Depois, a caminho de casa, encontrei o Alex, um inspetor de alunos que trabalha comigo junto com a mulher dele, a Lina, que é gente boa demais! Lá veio ela com um jogo de lençóis maravilhso pra me dar de presente. Imagina só... passamos um tempão outro dia falando sobre roupa de cama, mesa e banho... e eu comentei que precisava comprar tudo isso...rs Pronto, ganhei! :-))))

Cheguei em casa cheia de pacotes e feliz. Me arrumei e lá fomos nós para a segunda comemoração... Um chá completo (delicioso!!!) em um hotel que fica no aaaaaalto de uma montanha, cujo nome auto-explicativo é: Chateau de la Montagne. Esta foi a comemoração para os amigos: Lúcia, Clarice, Newton, Deusa, Cris... A Sônia e a Val, duas queridas, não puderam ir... Daí acabei chamando meus pais, já que não me perdoaria jamais se privasse mamys de vivenciar aquilo tudo: vista maravilhosa, hotel que parece um castelinho, chá caprichadíssimo, tudo arrumado, caprichado, fofo. Pensam que acabou? Não... No sábado será a comemoração familiar!!! Vamos, eu, filhote e sócio, para a casa de meus pais para comer o tradicional bolo de coco e aproveitar para comemorar com meu irmão e minha cunhada, os "Robertos", que têm uma loja e não poderiam ir numa comemoração em dia de semana de tarde.

Ufa... :-)))) (feliiiiizzzz)

Mas e o 10º desejo?????

Tá aqui:

DESEJO NÚMERO 10: "Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher... Sou minha mãe e minha filha, minha irmã, minha menina... Mas sou minha, só minha, e não de quem quiser... Sou Deus, tua Deusa, meu amor"

Há muito tempo, talvez desde que sou menina, por mil razões, das mais objetivas e práticas até as mais transcendentais e místicas, que sei que tenho algo a fazer por este planeta. Sim... Claro... Todos nós temos...rs Mas eu quero dizer que sei que este algo TEM QUE ser feito! Não é uma coisa que eu possa deixar pra lá... É um tipo de missão. E sei que tem profunda ligação com o feminino, a mulher e tudo que há de mais sagrado nela.

O termo Sagrado Feminino virou moda de uns tempos para cá, mas eu tomei contato com este conceito e esta sabedoria em 1993, ano em que meu filho nasceu e ano em que conheci Dóris, minha bruxa-mestra, uma mulher de poder que me ensinou, me abriu para o poder que havia em mim, fez com que eu vivesse momentos absolutamente mágicos e profundos, em um tempo em que, na verdade, eu ainda não tinha estrutura para absorver completamente tudo que estava acontecendo.



Hoje, 17 anos depois, sou muito grata por tudo que ela fez e espero que ela, onde quer que ela se encontre, receba a minha gratidão. E creio que a melhor forma de agradecer é descobrindo o meu verdadeiro caminho, vibrando em mim tudo que eu trouxe para esta existência e fazendo jus ao que a Dóris dizia: "nunca deixe que ponham a mão na sua cabeça... Vc já nasceu feita! Vc sabe o que tem que fazer, só precisa lembrar"

Certa vez, ela falou que meu caminho espiritual não era nenhum que eu conhecesse, porque ele ainda não havia sido "inventado". Na verdade, segundo ela, eu seria inspirada sobre isso e eu daria o primeiro passo nesta caminhada. Não sei como, nem imagino de que maneira, mas estou aqui, aberta a descobrir que caminho é esse e como poderei trilhá-lo.

Sei que tenho muito a agradecer...

Aos ciganos que sempre estiveram comigo e me protegem, dizem que eu sou querida por atos de outras existências. Não me lembro, mas agradeço de qualquer forma ;-) eles também são queridos.


Agradeço aos índios que também sempre estão comigo, talvez em função do sangue dos meus antepassados correndo nas veias... Em especial uma velha índia que me tirou de alguns apuros, como filho com febre ou minhas cólicas mensais. Minha tribo, meu povo querido.


E, por fim, agradeço as minhas ancestrais bruxas, todas as mulheres que vieram antes de mim e realizaram seu trabalho de forma primorosa e amorosa...


Meu desejo número 10 é para que neste ano eu descubra qual a minha missão espiritual, meu caminho, meus dons a serem utilizados. Enfim, que eu consiga ampliar a minha consciência e trilhar meu caminho mágico-espiritual de maneira harmoniosa e feliz.

Amém! :-)