Saturday, March 17, 2012

Bolo de Cacau com Nozes

Ele foi tão cobiçado no Facebook, que precisei providenciar uma postagem com a receita! :-)

Na verdade, é a receita base de bolo que eu uso, com algumas modificações... Aí vai:

Bater duas colheres de manteiga com 1 e 1/2 xícara de açúcar cristal;

Juntar dois ovos inteiros (eu uso sempre ovo caipira... sem hormônios do mal...rs);

Acrescentar duas xícaras bem cheias de farinha de trigo e continuar misturando;

Mais uma xícara bem cheia de leite;

Por fim, uma xícara mal cheia de cacau;

Dá uma batida caprichada, acrescenta uma xícara de nozes pricadas e finaliza com uma colher de sopa de fermento em pó, misturando bem até formar umas bolhinhas...

Coloque em uma forma untada com manteiga e enfarinhada e leve ao forno. Não me perguntem por quanto tempo, ok? Nunca sei o tempo das coisas no forno...rs Uso o velho truque: deixo passar 15 minutos (para o bolo não solar) e começo a observar e espetar o palitinho para ver se sai limpo, indicando que está pronto.

O meu forno é meio violento...rs Então, acredito que seja algo em torno de uns 25 minutos a meia hora. Mas cada forno é de um jeito, né?

Aqui está o bonitão, inteiro. Lamentei profundamente não tem um pouco de chantilly em casa, ficaria o máximo! Uma bola de sorvete de creme também iria bem.

Fazer uma delícia dessas vez ou outra é algo que faz tão bem à alma, que o corpo entende :-) Sou vegetariana... Não consumo muito açúcar... Não tomo refrigerantes, não como fritura... Evito ao máximo coisas industrializadas (não compro biscoitos e enlatados há um bom tempo)... Não tomo leite e tenho diminuído o uso dele em manteiga, queijos (que amo) e na feitura de bolos... Faço isso não como um sacrifício, mas por uma questão de consciência alimentar, de perceber que o que não faz bem para o meu corpo não pode ser considerado "bom". Mas entendo que o prazer gustativo também faz parte da saúde global de uma pessoa. E acredito que uma vez por semana fazer uma estrepolia não mata ninguém e ainda alegra a criança interior!

Bom apetite! :-)


Tuesday, March 13, 2012

Reflexões sobre a questão ambiental e atitudes práticas


Vejo todo um movimento para reciclar coisas, mas pouco vejo em termos de atitudes para reduzir o consumo e o lixo. Outra coisa que deve-se notar: muitas vezes, as tais reciclagens acabam gerando um gasto e um trabalho que não compensam o resultado final. Sinceramente, sou muito criteriosa quanto aos famosos artesanatos de reciclados, poucas vezes eu vi coisas de real bom gosto e real funcionalidade.

Há alguns anos, pensando nisso e pensando tb no absurdo que se paga por roupas novas, comecei a frequentar brechós e adorei! Ao comprar em um brechó não estamos estimulando nem a produção e nem o consumo desenfreados de roupas. É claro que não dá pra comprar tudo em brechó, como lingerie e biquines (óbvio, né!), sapato eu tb não gosto de comprar, a não ser que seja sapato novo (algumas lojas fazem doações de produtos novos de coleções antigas).

Mas isso não basta! Por conta da "moda" de brechós, a mulherada parece ter enlouquecido e gasta duas vezes mais em roupas com pouco uso porque o preço está mais em conta, o que, no final, dá no mesmo. Tenho a impressão que isso acaba estimulando as compradoras compulsivas a comprarem ainda mais porque, afinal, agora elas podem usar a roupa umas três vezes e colocar pra vender no brechó. O ser humano anda bem estranho...

Outra questão que analisei, recentemente, é sobre a compra de carro. Estamos pensando em comprar um (depois de tantos anos morando no segundo menor município do Brasil, onde eu não precisava de carro, agora estou morando em uma cidade bem maior, em termos territoriais). Observando a queda do valor de um carro zero com apenas poucos anos de uso já se percebe que as pessoas entram na loucura do "preciso trocar de carro, pois o meu já está desvalorizando". Pois eu quero um carro que me leve de um lugar para o outro! De preferência que gaste pouco combustível, que tenha valores de IPVA e de DPVAT honestos e que não me deixe histérica com a necessidade de fazer um seguro. Acabo chegando aos ditos "carros populares" (que de populares não têm nada quando se vê o preço), um pouco antes do ano 2000. Aí o custo-benefício me agrada. E a ficha cai: também não quero estimular a produção e o consumo de carro zero, porque não se deve confudir o conceito de automóvel com o de caráter ou valores pessoais... Automóvel é algo feito somente para nos deslocar de um lugar para o outro e não para ser referência do nosso valor como pessoas.

Eu ia começar a falar dos celulares, mas me dá canseira só de pensar! Tanto pelo fato de ver as pessoas trocando de celular como se troca de roupa, buscando uns que fazem "de um tudo", e dá vontade de perguntar: "mas eles ligam pra outro telefone? Porque é essa a função deles, né?", até aquelas criaturas que se tornam dependentes de celular. Tem gente hoje em dia que não consegue ficar sozinha consigo mesma! Será que a companhia é tão insuportável assim? Elas andam nas ruas e andam de ônibus falando no celular o tempo todo... Elas dormem com o celular do lado (nem aí para as ondas eletromagnéticas!) como se fosse o/a amante ou o bichinho de estimação. Como eu disse antes, como anda estranho este ser humano!

Conforto todos nós queremos, até eu que sou mais bobinha... Beleza, nem todos... Mas eu, que tenho Ascendente em Libra e Lua em Touro necessito, como de água, para viver. Coisas bonitas, casa enfeitada, roupinhas fofuxas, cores e harmonia, aromas e sons melodiosos. Mas para ter tudo isso não é necessário consumir tanto.

A última arrumação que fiz no meu armário foi uma prévia do que pretendo fazer. Olhei com sinceridade para as minhas roupas (que nem são tantas, perto da maioria das mulheres que eu conheço) e separei as que eu realmente uso. Foi cerca de metade! Essas ficaram no meu armário e as outras eu guardei em um outro armário, de um outro cômodo. Quero saber quantas vezes eu vou recorrer a este outro armário, se é que vou recorrer alguma vez. Se eu não fizer isso em 6 meses, todas as roupas que estão lá vão para a doação ou um brechó. Aliás, algumas peças e alguns objetos que são melhores ou estão novos, já pretendo colocar pra circular em um brechó virtual (em breve!)

Pretendo fazer isso com outras coisas que tenho também. Não tenho muita coisa no geral, mas pretendo reduzir isso ainda mais, de modo a ter somente o que eu realmente gosto e realmente uso. Ficar mais leve, para me mover com mais agilidade ou quem sabe até voar!!! A verdade é que não usamos cerca de 70% de tudo que temos, mas ficamos apegados. É claro que não vou me desfazer da minha caixa de lembranças e da caixa de lembranças do meu filho! Mas entre uma lembrança tão querida e um monte de tralha sem uso há um abismo enorme, lotado de coisas desnecessárias que podem ser dispensadas. E é isso que pretendo fazer: dispensá-las!

Aqui no Brasil não temos o hábito de trocar coisas usadas e nem temos locais onde se pode colocar o que não se usa mais e pegar algo de interessante que tenha por lá e seja útil. Ironicamente, um país em desenvolvimento, onde se reclama tanto da falta disso e daquilo, possui hábitos mais perdulários do que alguns países desenvolvidos. Vai entender!?

Então, minha dica para vocês, na próxima vez que forem comprar algo é fazer o seguinte questionário pra si mesmo/a:

Eu preciso mesmo disso?

Eu gosto mesmo disso?

Isso será usado com frequência? Quantas vezes isso provavelmente será usado?

Isso gasta muita energia/combustível?

Isso cabe em minha casa, sem ficar atravancando o caminho ou o armário?

No caso de roupas , sapatos e acessórios: isso cabe em mim? Isso combina com as outras roupas e acessórios que eu tenho? Isso está confortável? Isso ficou, realmente, bonito em mim? Isso se harmoniza com meu estilo e meu ritmo de vida?

O grande problema do consumo compulsivo é que ele não inclui o raciocínio, a análise com lucidez. Por isso a grande recomendação é o consumo consciente. O seu bolso e o planeta, ambos, agradecem! ;-)

PS: totalmente fora do dia e do tema da Teia Ambiental, mas dentro do mesmo conceito e do mesmo amor pela natureza.

A imagem veio daqui

Sunday, March 11, 2012

Se tudo sempre desse certo, o que eu faria?

Depois de muito tempo sem passar por aqui, hoje bateu a vontade de escrever coisas minhas... É o momento-intimidade... Já que diariamente eu tenho o momento-taróloga, semanalmente eu tenho o momento-saúde e que no Facebook eu tenho o momento-comentário-rápido! ;-)

Se alguém deseja saber se estou bem, sim! Estou bem, fisicamente, emocionalmente, mentalmente e espiritualmente como não estava há anos! Na verdade, este "bem" é relativo ao equilíbrio, à harmonia, à paz. Mas começa a me espantar a sensação do Nada. A ausência total de ansiedade, por vezes, está me confundindo: será isso bom ou ruim? É bom porque mantenho a tranquilidade e a quietude... É ruim porque nada me entusiasma ou me motiva.

É algo para se refletir: esta sensação de que a faxina foi feita, mas a casa permanece vazia. Viver o aqui e agora tem me tirado a perspectiva de olhar para o amanhã. Quando conseguirei encontrar o ponto exato entre aqueles tantos desejos para o futuro, que me deixavam sofrendo crises de ansiedade, e esta paz do Nada, paz do eu vivente no agora que parece não ter querer algum?

Ontem, o sócio me fez uma pergunta que virou minha cabeça, chacoalhou, remexeu e me deixou um tanto chocada. "Se você tivesse certeza de que tudo que você fizesse na vida daria certo, sem chance de fracasso, o que você faria?" Primeiro, um turbilhão atravessou, de orelha a orelha, a minha cabeça... Lá eu via viagens internacionais em aviões que não caíam e com dinheiro que nunca acabava... Lá eu me via como aprendiz em um ateliê de algum artista plástico exêntrico, encantada com a possibilidade de parir a arte à fórceps de dentro de mim... Lá eu me via criando minhas próprias roupas, pois não cortaria nenhum tecido torto e a costura seria sempre perfeita, isso sem falar que eu conseguiria transpor todos os modelos da minha cabeça para o concreto, perfeitamente!

Bem, essa foi a primeira reação... Em seguida, conforme eu me debatia neste mar de possibilidades, comecei a questionar o valor de tudo e sempre achava um jeito de não ver mais tanta graça em cada uma das opções... E as imagens foram desaparecendo como bolhas de sabão que se perdem em si mesmas. Ploc! Ploc! Ploc! Não sobrou nada!

Desde que isso aconteceu já se passaram quase 24h e eu continuo com a mente vazia. A pergunta que não quer calar continua: o que eu realmente quero pra minha vida? Se eu tivesse a certeza de que tudo daria certo, tudo seria um sucesso, o que eu escolheria fazer? "Cri-cri-cri" (o grilinho continua cantando)

Não acho que isso seja normal! E nem vou entrar aqui em um debate sobre a normose e os parâmetros utilizados para o que se considera padrão de comportamento. Mas estou somente me comparando a mim mesma em tempos passados. Aliás, em tempos passados eu não estava bem... Eu estou me comparando a tempos passados-passados-passados, quando tudo me encantava, eu fazia muitos planos para o futuro, minha criatividade explodia e os meus quereres pulsavam. Eu sofria mais? Sim! Cada decepção era um drama épico! Mas, em compensação, eu era feliz de uma forma estrondosa! Será que a sabedoria exclui as "sensações estrondosas" em geral? Talvez...

Então, se vocês me perguntarem novamente se eu estou bem, eu responderei: sim! Claro que estou! :-) Tenho uma família maravilhosa, um filho de dar orgulho, amo um homem que me ama, sou saudável e pareço e me sinto uns 10 anos mais jovem do que diz a certidão de nascimento. Atualmente, trabalho no que gosto e moro em um lugar lindo e tranquilo. Quem não ficaria bem e feliz com uma vida dessas? E eu agradeço todo santo dia, pois acho ingratidão algo muito feio.

Mas continuo pensando na pergunta que o sócio me fez...