Dos 30 dias de férias, viajei uns 25. Feliz! Aliviada por estar longe das chatices cotidianas, curiosa por descobrir que existe um mundão de meu Deus do qual estava distante há quase duas décadas! Impressionante como vamos fechando o horizonte distante e amplo, até que só exista dois palmos diante do nariz. Talvez um pouquinho mais, o suficiente para não sufocarmos de vez e termos a sensação de que somos livres.
Assim tenho me sentido, dentro dos altos e baixos de humor: prisioneira da segurança que construí. Um emprego seguro, uma cidade segura, uma vida segura. Tudo tão seguro que fica me segurando no mesmo lugar e me tirando o ar.
Já me perguntei se seria a velha crise dos 30 que se atrasou mais de 10 anos, ou mesmo a crise dos 40 também meio fora de época. Já inventaram crise para todas as décadas, é provável que também exista a dos 50, dos 60, apesar de eu não me lembrar da dos 20 e muito menos da dos 10. Na verdade, minha vida sempre foi algo estranha, uma coisa assim... tão feliz por fora e tão enroscada por dentro. Acho que minha cabeça é enroscada! E quando dou atenção a ela, o universo parece se enroscar também. Mas quando consigo tampar os ouvidos e cantar "lá-lá-lá-lá", como quem se recusa a ouvir a mente, então tudo parece fluir com tamanha naturalidade que não importa o lá fora, só o aqui dentro... e o aqui dentro está sempre bem.
Passeamos por aí, eu e o sócio. Só o fato de sair "daqui" já me bastaria, mas além disso os dias viajando pareceram se multiplicar! Hoje, tenho a sensação de que passei meses fora e foi tudo tão bom que preciso controlar a mente e o coração para não ficar com a velha sensação de "bem-vinda ao cárcere!". Amanhã volto ao trabalho e creio precisar de muita preparação psicológica e talvez uma barra de chocolate também...rs
Não sei ao certo o que fazer. Mas sei que, urgentemente, preciso mudar meu estado de ânimo. Mesmo que eu consiga a "condicional" no começo do ano que vem (condicional = licença de dois anos sem vencimentos) e parta para um período de aventura, tenho que descobrir uma forma de viver saudavelmente até lá.
Administrar a pressão interna é um desafio. Segurar a vontade de abrir o portão de casa e sair a pé, descalça e descabelada estrada afora, até chegar no primeiro lugar onde me dêem abrigo, também. Tudo bem... Eu já tive a síndrome de Thelma e Louise uns anos atrás, quando olhava para o carro na garagem e sentia o ímpeto de cair na estrada, cair no mundo... mas agora nem o carro eu tenho mais, então tem que ser um tipo de crise mais modesta, mais tupiniquim, mais "de raiz", com os pés sujos de barro das estradas de Minas...rsrsrs
Bah... Pelo menos o bom humor é resistente! Amém! :-)
Já me perguntei se seria a velha crise dos 30 que se atrasou mais de 10 anos, ou mesmo a crise dos 40 também meio fora de época. Já inventaram crise para todas as décadas, é provável que também exista a dos 50, dos 60, apesar de eu não me lembrar da dos 20 e muito menos da dos 10. Na verdade, minha vida sempre foi algo estranha, uma coisa assim... tão feliz por fora e tão enroscada por dentro. Acho que minha cabeça é enroscada! E quando dou atenção a ela, o universo parece se enroscar também. Mas quando consigo tampar os ouvidos e cantar "lá-lá-lá-lá", como quem se recusa a ouvir a mente, então tudo parece fluir com tamanha naturalidade que não importa o lá fora, só o aqui dentro... e o aqui dentro está sempre bem.
Passeamos por aí, eu e o sócio. Só o fato de sair "daqui" já me bastaria, mas além disso os dias viajando pareceram se multiplicar! Hoje, tenho a sensação de que passei meses fora e foi tudo tão bom que preciso controlar a mente e o coração para não ficar com a velha sensação de "bem-vinda ao cárcere!". Amanhã volto ao trabalho e creio precisar de muita preparação psicológica e talvez uma barra de chocolate também...rs
Não sei ao certo o que fazer. Mas sei que, urgentemente, preciso mudar meu estado de ânimo. Mesmo que eu consiga a "condicional" no começo do ano que vem (condicional = licença de dois anos sem vencimentos) e parta para um período de aventura, tenho que descobrir uma forma de viver saudavelmente até lá.
Administrar a pressão interna é um desafio. Segurar a vontade de abrir o portão de casa e sair a pé, descalça e descabelada estrada afora, até chegar no primeiro lugar onde me dêem abrigo, também. Tudo bem... Eu já tive a síndrome de Thelma e Louise uns anos atrás, quando olhava para o carro na garagem e sentia o ímpeto de cair na estrada, cair no mundo... mas agora nem o carro eu tenho mais, então tem que ser um tipo de crise mais modesta, mais tupiniquim, mais "de raiz", com os pés sujos de barro das estradas de Minas...rsrsrs
Bah... Pelo menos o bom humor é resistente! Amém! :-)
2 comments:
"Viajar é preciso, viver não é preciso"...
Sair de dentro, seja da casa ou de você mesma, é primordial para as almas peregrinas.
Mudar de ares, percorrer novas estradas, sejam concretas ou abstratas, são necessidade para seres inflamados.
Lembrei dos domingos, lá no Rio, em que eu ficava "consumida" por não sair para ver uma exposição ou passear num parque qualquer.
Hoje, só sair no meu quintal, já me dá liberdade e felicidade. Imaginar-me morando num apartamento é a prisão.
Enfim...
Beijo
Oi Comadre, Oi Dona Flora!!!
que lugar lindo, também estou precisando de férias, colocar o pezinho na terra, na água seja onde for, algum lugar diferente novos ares, tudo novo rs...engraçado voc~e falar da 'segurança' pois penso nela também e agora fiquei 'encafifada' com "a segurança que segura".
Enfim voltando ao paraíso, lindas fotinhas, espero que tenha um ÓTEMO retorno ao tronco ops...digo ao trampo rsrs...
Beijinhos e muita força,
Nancy
Post a Comment