Lembro da primeira vez em que ouvi o hino da independência do Brasil. Era criança ainda, devia ter lá uns 8 anos de idade. Fiquei pensando que a Liberdade devia ser um pássaro, pois tinha asas que deveriam ficar abertas sobre nós. Achava aquilo estranho, porque a imagem me sufocava. Já imaginou? Aquele pássaro enorme com asas abertas sobre uma nação inteira? Ia encobrir o sol, barrar o vento, deixar o ar mais pesado. E isso é o oposto da liberdade.
Creio que a liberdade não tem asas. Ela não é ave. Definitivamente não é réptil ou anfíbio. Dificilmente seria um peixe. Creio que também não poderia ser um mamífero, pelo menos não um mamífero fêmea, que precisa carregar filhotes no ventre durante tantos meses e depois amamentá-los outro tanto. De que espécie seria a Liberdade?
Eu não consigo vê-la e nem ouvi-la. Provavelmente, é algo tão sutil quanto o ar, o vento, que é invisível mas podemos senti-lo suavemente ou de maneira mais radical, sacudindo as árvores em volta. Em alguns momentos precisamos que a liberdade sacuda tudo em volta, pois estamos de tal forma envolvidos em nossa prisão sem grades, que só mesmo uma boa chacoalhada para nos fazer despertar.
Só sei que acordei hoje com a impressão que o carcereiro interior está prestes a pedir demissão. Talvez invalidez, aposentadoria precoce por acidente de trabalho. Contos nos dedos o tempo para que a liberdade venha. Conto nas batidas do coração o tempo certo de ser livre. Está chegando, está chegando. Sei que vou conseguir.
Creio que a liberdade não tem asas. Ela não é ave. Definitivamente não é réptil ou anfíbio. Dificilmente seria um peixe. Creio que também não poderia ser um mamífero, pelo menos não um mamífero fêmea, que precisa carregar filhotes no ventre durante tantos meses e depois amamentá-los outro tanto. De que espécie seria a Liberdade?
Eu não consigo vê-la e nem ouvi-la. Provavelmente, é algo tão sutil quanto o ar, o vento, que é invisível mas podemos senti-lo suavemente ou de maneira mais radical, sacudindo as árvores em volta. Em alguns momentos precisamos que a liberdade sacuda tudo em volta, pois estamos de tal forma envolvidos em nossa prisão sem grades, que só mesmo uma boa chacoalhada para nos fazer despertar.
Só sei que acordei hoje com a impressão que o carcereiro interior está prestes a pedir demissão. Talvez invalidez, aposentadoria precoce por acidente de trabalho. Contos nos dedos o tempo para que a liberdade venha. Conto nas batidas do coração o tempo certo de ser livre. Está chegando, está chegando. Sei que vou conseguir.
4 comments:
Liberdade é algo que quando se faz presente não notamos, nem se quer falamos, é como estar bem de saúde, pois só lembramos de nos cuidar e de que é bom estar bem quando estamos dodóis. Acho que é mais ou menos por aí.
Beijos,
F.A.
É isso mesmo!!!!!! :-))))
beijão
"Liberdade liberdade, abre as asas sobre nós", é da letra de Medeiros de Albuquerque para o Hino da Proclamação da República e não da Independência. O da Independência é o "já podeis da pátria filhos", outro hino.
Nei... é verdade!
Acho que isso expressa bem o meu problema com hinos e com liberdade...rsrsrsrs
beijoca!
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