Saturday, October 06, 2007

Vincent (Don Mclean)

"Estrelada, noite estrelada

Pinte sua paleta azul e cinza

Olhe ao redor em um dia de verão

Com olhos que conhecem a escuridão em minha alma

Sombras nas colinas

Rabisque árvores e narcisos

Pegue a brisa e o frio do inverno

Em cores das plantações de algodão cobertas pela neve

Agora eu entendo

O que você tentou me dizer

E o quanto você sofreu pela sua lucidez

E como você tentou libertá-los

Eles não ouviriam

Não sabiam como

Talvez agora ouçam

Estrelada, noite estrelada

Flores flamejantes que resplandecem

Nuvens rodopiando em um nevoeiro violeta

Refletem nos olhos azuis porcelana de Vincent

Cores mudam de tonalidade

Campos matinais de grãos ambarinos

Rostos marcados pelo tempo alinhados em dor

São suavizados pelas mãos amorosas do artista

Agora eu entendo

O que você tentou me dizer

E o quanto você sofreu pela sua lucidez

E como você tentou libertá-los

Eles não ouviriam

Não sabiam como

Talvez agora ouçam

Pois eles não conseguiam te amar

Mas mesmo assim seu amor era verdadeiro

E quando não havia mais esperança naquele estrelada, noite estrelada

Você tirou sua vida como normalmente fazem os amantes

Mas eu poderia ter-lhe dito, Vincent

Esse mundo não foi feito para alguém tão bonito como você

Estrelada, noite estrelada

Retratos pendurados em salas vazias

Desmoldurados em paredes anônimas

Com olhos que observam o mundo e não conseguem esquecer

Como aqueles estranhos que você conheceu

Homens esfarrapados, em roupas esfarrapadas

O espinho prateado da rosa ensangüentada

Estende-se esmagado e quebrado na neve virgem

Agora acho que entendo

O que você tentou me dizer

E o quanto você sofreu pela sua lucidez

E como você tentou libertá-los

Eles não ouviriam

Ainda não ouvem

Talvez nunca ouvirão"


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