Tuesday, October 30, 2007
Sunday, October 21, 2007
Quantas máscaras teremos que usar para chegar onde tudo começou?

---O processo de desarmamento interno é duro, doloroso. O processo de se entregar ao outro, sem medo, sem "plano B" então... nem se fala! Um longo aprendizado!
---Depois da experiência de ontem, do sonhar da madrugada e da leitura de hoje concluo o óbvio: a mudança está sempre em nós. Não há como mudar o outro diretamente. Não temos o direito e nem o poder de mexer no outro, em suas crenças, sentimentos e decisões. Mas podemos olhar para dentro, modificar nossos próprios padrões de comportamento e pensamento. Podemos focar naquilo que queremos para a nossa vida. É verdade, não é lenda: o mundo muda se você muda.
---Acredito mais nisso a cada dia! Não como uma forma de crença aleatória... Acredito porque tenho testado e colhido os resultados. O mundo é misterioso... E ficamos insistindo em receber respostas racionais e lógicas em relação aos processos que nos cercam. Acontece que ainda não conseguimos explicar as nossas próprias ações e emoções, como poderemos explicar algo que sai do nosso corpo-limite?
---O ser humano repete sem parar os caminhos já conhecidos-percorridos. Sua dependência de coisas conhecidas é tão doentia que ele prefere repetir o que traz dor (ao menos é uma dor conhecida) do que arriscar no novo, que pode trazer alegria e contentamento. Que segurança é esta que buscamos?
---Não queremos ser manipulados, mas queremos determinar exatamente de que forma as coisas acontecerão. Não queremos que nos dêem ordens, mas queremos ordenar exatamente o grau de importância de sentimentos, conceitos e outras coisas abstratas para que eles recebam maior ou menor atenção em nossa vida corrida.
---Ao invés de ficar brigando com tudo e todos, prefiro ser a Senhora do meu próprio Reino Interior. Neste lugar eu poderei retirar todas as máscaras, as camadas de mágoas e ressentimentos, as frustrações que tiram o brilho dos olhos, as decepções que nos afastam do amor, a dor que leva à letargia... Então, magicamente, a transformação virá. E haverá um tempo em que não mais saberei onde termina meu Reino e onde começa o mundo (chamado) real. E ao invés disso ter o nome de loucura, insanidade... isto será lucidez... sábia lucidez...
---(Obrigada, Lilia, que tem me mostrado as placas indicativas no caminho da lucidez)
Saturday, October 06, 2007
Vincent (Don Mclean)
.jpg)
"Estrelada, noite estrelada
Pinte sua paleta azul e cinza
Olhe ao redor em um dia de verão
Com olhos que conhecem a escuridão em minha alma
Sombras nas colinas
Rabisque árvores e narcisos
Pegue a brisa e o frio do inverno
Em cores das plantações de algodão cobertas pela neve
Agora eu entendo
O que você tentou me dizer
E o quanto você sofreu pela sua lucidez
E como você tentou libertá-los
Eles não ouviriam
Não sabiam como
Talvez agora ouçam
Estrelada, noite estrelada
Flores flamejantes que resplandecem
Nuvens rodopiando em um nevoeiro violeta
Refletem nos olhos azuis porcelana de Vincent
Cores mudam de tonalidade
Campos matinais de grãos ambarinos
Rostos marcados pelo tempo alinhados em dor
São suavizados pelas mãos amorosas do artista
Agora eu entendo
O que você tentou me dizer
E o quanto você sofreu pela sua lucidez
E como você tentou libertá-los
Eles não ouviriam
Não sabiam como
Talvez agora ouçam
Pois eles não conseguiam te amar
Mas mesmo assim seu amor era verdadeiro
E quando não havia mais esperança naquele estrelada, noite estrelada
Você tirou sua vida como normalmente fazem os amantes
Mas eu poderia ter-lhe dito, Vincent
Esse mundo não foi feito para alguém tão bonito como você
Estrelada, noite estrelada
Retratos pendurados em salas vazias
Desmoldurados em paredes anônimas
Com olhos que observam o mundo e não conseguem esquecer
Como aqueles estranhos que você conheceu
Homens esfarrapados, em roupas esfarrapadas
O espinho prateado da rosa ensangüentada
Estende-se esmagado e quebrado na neve virgem
Agora acho que entendo
O que você tentou me dizer
E o quanto você sofreu pela sua lucidez
E como você tentou libertá-los
Eles não ouviriam
Ainda não ouvem
Talvez nunca ouvirão"
Monday, October 01, 2007
A Língua do P

---