Depois de muito tempo sem passar por aqui, hoje bateu a vontade de escrever coisas minhas... É o momento-intimidade... Já que diariamente eu tenho o momento-taróloga, semanalmente eu tenho o momento-saúde e que no Facebook eu tenho o momento-comentário-rápido! ;-)
Se alguém deseja saber se estou bem, sim! Estou bem, fisicamente, emocionalmente, mentalmente e espiritualmente como não estava há anos! Na verdade, este "bem" é relativo ao equilíbrio, à harmonia, à paz. Mas começa a me espantar a sensação do Nada. A ausência total de ansiedade, por vezes, está me confundindo: será isso bom ou ruim? É bom porque mantenho a tranquilidade e a quietude... É ruim porque nada me entusiasma ou me motiva.
É algo para se refletir: esta sensação de que a faxina foi feita, mas a casa permanece vazia. Viver o aqui e agora tem me tirado a perspectiva de olhar para o amanhã. Quando conseguirei encontrar o ponto exato entre aqueles tantos desejos para o futuro, que me deixavam sofrendo crises de ansiedade, e esta paz do Nada, paz do eu vivente no agora que parece não ter querer algum?
Ontem, o sócio me fez uma pergunta que virou minha cabeça, chacoalhou, remexeu e me deixou um tanto chocada. "Se você tivesse certeza de que tudo que você fizesse na vida daria certo, sem chance de fracasso, o que você faria?" Primeiro, um turbilhão atravessou, de orelha a orelha, a minha cabeça... Lá eu via viagens internacionais em aviões que não caíam e com dinheiro que nunca acabava... Lá eu me via como aprendiz em um ateliê de algum artista plástico exêntrico, encantada com a possibilidade de parir a arte à fórceps de dentro de mim... Lá eu me via criando minhas próprias roupas, pois não cortaria nenhum tecido torto e a costura seria sempre perfeita, isso sem falar que eu conseguiria transpor todos os modelos da minha cabeça para o concreto, perfeitamente!
Bem, essa foi a primeira reação... Em seguida, conforme eu me debatia neste mar de possibilidades, comecei a questionar o valor de tudo e sempre achava um jeito de não ver mais tanta graça em cada uma das opções... E as imagens foram desaparecendo como bolhas de sabão que se perdem em si mesmas. Ploc! Ploc! Ploc! Não sobrou nada!
Desde que isso aconteceu já se passaram quase 24h e eu continuo com a mente vazia. A pergunta que não quer calar continua: o que eu realmente quero pra minha vida? Se eu tivesse a certeza de que tudo daria certo, tudo seria um sucesso, o que eu escolheria fazer? "Cri-cri-cri" (o grilinho continua cantando)
Não acho que isso seja normal! E nem vou entrar aqui em um debate sobre a normose e os parâmetros utilizados para o que se considera padrão de comportamento. Mas estou somente me comparando a mim mesma em tempos passados. Aliás, em tempos passados eu não estava bem... Eu estou me comparando a tempos passados-passados-passados, quando tudo me encantava, eu fazia muitos planos para o futuro, minha criatividade explodia e os meus quereres pulsavam. Eu sofria mais? Sim! Cada decepção era um drama épico! Mas, em compensação, eu era feliz de uma forma estrondosa! Será que a sabedoria exclui as "sensações estrondosas" em geral? Talvez...
Então, se vocês me perguntarem novamente se eu estou bem, eu responderei: sim! Claro que estou! :-) Tenho uma família maravilhosa, um filho de dar orgulho, amo um homem que me ama, sou saudável e pareço e me sinto uns 10 anos mais jovem do que diz a certidão de nascimento. Atualmente, trabalho no que gosto e moro em um lugar lindo e tranquilo. Quem não ficaria bem e feliz com uma vida dessas? E eu agradeço todo santo dia, pois acho ingratidão algo muito feio.
Mas continuo pensando na pergunta que o sócio me fez...
Se alguém deseja saber se estou bem, sim! Estou bem, fisicamente, emocionalmente, mentalmente e espiritualmente como não estava há anos! Na verdade, este "bem" é relativo ao equilíbrio, à harmonia, à paz. Mas começa a me espantar a sensação do Nada. A ausência total de ansiedade, por vezes, está me confundindo: será isso bom ou ruim? É bom porque mantenho a tranquilidade e a quietude... É ruim porque nada me entusiasma ou me motiva.
É algo para se refletir: esta sensação de que a faxina foi feita, mas a casa permanece vazia. Viver o aqui e agora tem me tirado a perspectiva de olhar para o amanhã. Quando conseguirei encontrar o ponto exato entre aqueles tantos desejos para o futuro, que me deixavam sofrendo crises de ansiedade, e esta paz do Nada, paz do eu vivente no agora que parece não ter querer algum?
Ontem, o sócio me fez uma pergunta que virou minha cabeça, chacoalhou, remexeu e me deixou um tanto chocada. "Se você tivesse certeza de que tudo que você fizesse na vida daria certo, sem chance de fracasso, o que você faria?" Primeiro, um turbilhão atravessou, de orelha a orelha, a minha cabeça... Lá eu via viagens internacionais em aviões que não caíam e com dinheiro que nunca acabava... Lá eu me via como aprendiz em um ateliê de algum artista plástico exêntrico, encantada com a possibilidade de parir a arte à fórceps de dentro de mim... Lá eu me via criando minhas próprias roupas, pois não cortaria nenhum tecido torto e a costura seria sempre perfeita, isso sem falar que eu conseguiria transpor todos os modelos da minha cabeça para o concreto, perfeitamente!
Bem, essa foi a primeira reação... Em seguida, conforme eu me debatia neste mar de possibilidades, comecei a questionar o valor de tudo e sempre achava um jeito de não ver mais tanta graça em cada uma das opções... E as imagens foram desaparecendo como bolhas de sabão que se perdem em si mesmas. Ploc! Ploc! Ploc! Não sobrou nada!
Desde que isso aconteceu já se passaram quase 24h e eu continuo com a mente vazia. A pergunta que não quer calar continua: o que eu realmente quero pra minha vida? Se eu tivesse a certeza de que tudo daria certo, tudo seria um sucesso, o que eu escolheria fazer? "Cri-cri-cri" (o grilinho continua cantando)
Não acho que isso seja normal! E nem vou entrar aqui em um debate sobre a normose e os parâmetros utilizados para o que se considera padrão de comportamento. Mas estou somente me comparando a mim mesma em tempos passados. Aliás, em tempos passados eu não estava bem... Eu estou me comparando a tempos passados-passados-passados, quando tudo me encantava, eu fazia muitos planos para o futuro, minha criatividade explodia e os meus quereres pulsavam. Eu sofria mais? Sim! Cada decepção era um drama épico! Mas, em compensação, eu era feliz de uma forma estrondosa! Será que a sabedoria exclui as "sensações estrondosas" em geral? Talvez...
Então, se vocês me perguntarem novamente se eu estou bem, eu responderei: sim! Claro que estou! :-) Tenho uma família maravilhosa, um filho de dar orgulho, amo um homem que me ama, sou saudável e pareço e me sinto uns 10 anos mais jovem do que diz a certidão de nascimento. Atualmente, trabalho no que gosto e moro em um lugar lindo e tranquilo. Quem não ficaria bem e feliz com uma vida dessas? E eu agradeço todo santo dia, pois acho ingratidão algo muito feio.
Mas continuo pensando na pergunta que o sócio me fez...
2 comments:
Menina do céu ... sabe que essa sensação também está me rondando ... está tudo certo, no lugar certo, na hora certa ... e eu fico caçando algo para me entusiasmar ... doideira pura !!! ... então, uma voz sussurra lá no fundo :
- Menina relaxa ... curte o momento e recupera as forças ... você nunca sabe a que momento um turbilhão de sensações vão te sacudir novamente ...
... mas, o problema é que a gente se acostuma a esse sacudir ... rs ...
Um beijo e boa semana ... eu sigo na força do Julgamento ...
Seu questionamento também me fez pensar...
Acho que o gostoso da vida é o desafio, a incerteza, a busca. Será isso mesmo ?
Mas só vivendo de outra maneira podemos saber o que será melhor.
Como v. pode saber como se sentirá, sem vivenciar o momento ?
Beijo
PS: por que v. não põe o comentário com a postagem anexa, pois assim podemos reler o texto enquanto fazemos o comentário ?
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