Vejo todo um movimento para reciclar coisas, mas pouco vejo em termos de atitudes para reduzir o consumo e o lixo. Outra coisa que deve-se notar: muitas vezes, as tais reciclagens acabam gerando um gasto e um trabalho que não compensam o resultado final. Sinceramente, sou muito criteriosa quanto aos famosos artesanatos de reciclados, poucas vezes eu vi coisas de real bom gosto e real funcionalidade.
Há alguns anos, pensando nisso e pensando tb no absurdo que se paga por roupas novas, comecei a frequentar brechós e adorei! Ao comprar em um brechó não estamos estimulando nem a produção e nem o consumo desenfreados de roupas. É claro que não dá pra comprar tudo em brechó, como lingerie e biquines (óbvio, né!), sapato eu tb não gosto de comprar, a não ser que seja sapato novo (algumas lojas fazem doações de produtos novos de coleções antigas).
Mas isso não basta! Por conta da "moda" de brechós, a mulherada parece ter enlouquecido e gasta duas vezes mais em roupas com pouco uso porque o preço está mais em conta, o que, no final, dá no mesmo. Tenho a impressão que isso acaba estimulando as compradoras compulsivas a comprarem ainda mais porque, afinal, agora elas podem usar a roupa umas três vezes e colocar pra vender no brechó. O ser humano anda bem estranho...
Outra questão que analisei, recentemente, é sobre a compra de carro. Estamos pensando em comprar um (depois de tantos anos morando no segundo menor município do Brasil, onde eu não precisava de carro, agora estou morando em uma cidade bem maior, em termos territoriais). Observando a queda do valor de um carro zero com apenas poucos anos de uso já se percebe que as pessoas entram na loucura do "preciso trocar de carro, pois o meu já está desvalorizando". Pois eu quero um carro que me leve de um lugar para o outro! De preferência que gaste pouco combustível, que tenha valores de IPVA e de DPVAT honestos e que não me deixe histérica com a necessidade de fazer um seguro. Acabo chegando aos ditos "carros populares" (que de populares não têm nada quando se vê o preço), um pouco antes do ano 2000. Aí o custo-benefício me agrada. E a ficha cai: também não quero estimular a produção e o consumo de carro zero, porque não se deve confudir o conceito de automóvel com o de caráter ou valores pessoais... Automóvel é algo feito somente para nos deslocar de um lugar para o outro e não para ser referência do nosso valor como pessoas.
Eu ia começar a falar dos celulares, mas me dá canseira só de pensar! Tanto pelo fato de ver as pessoas trocando de celular como se troca de roupa, buscando uns que fazem "de um tudo", e dá vontade de perguntar: "mas eles ligam pra outro telefone? Porque é essa a função deles, né?", até aquelas criaturas que se tornam dependentes de celular. Tem gente hoje em dia que não consegue ficar sozinha consigo mesma! Será que a companhia é tão insuportável assim? Elas andam nas ruas e andam de ônibus falando no celular o tempo todo... Elas dormem com o celular do lado (nem aí para as ondas eletromagnéticas!) como se fosse o/a amante ou o bichinho de estimação. Como eu disse antes, como anda estranho este ser humano!
Conforto todos nós queremos, até eu que sou mais bobinha... Beleza, nem todos... Mas eu, que tenho Ascendente em Libra e Lua em Touro necessito, como de água, para viver. Coisas bonitas, casa enfeitada, roupinhas fofuxas, cores e harmonia, aromas e sons melodiosos. Mas para ter tudo isso não é necessário consumir tanto.
A última arrumação que fiz no meu armário foi uma prévia do que pretendo fazer. Olhei com sinceridade para as minhas roupas (que nem são tantas, perto da maioria das mulheres que eu conheço) e separei as que eu realmente uso. Foi cerca de metade! Essas ficaram no meu armário e as outras eu guardei em um outro armário, de um outro cômodo. Quero saber quantas vezes eu vou recorrer a este outro armário, se é que vou recorrer alguma vez. Se eu não fizer isso em 6 meses, todas as roupas que estão lá vão para a doação ou um brechó. Aliás, algumas peças e alguns objetos que são melhores ou estão novos, já pretendo colocar pra circular em um brechó virtual (em breve!)
Pretendo fazer isso com outras coisas que tenho também. Não tenho muita coisa no geral, mas pretendo reduzir isso ainda mais, de modo a ter somente o que eu realmente gosto e realmente uso. Ficar mais leve, para me mover com mais agilidade ou quem sabe até voar!!! A verdade é que não usamos cerca de 70% de tudo que temos, mas ficamos apegados. É claro que não vou me desfazer da minha caixa de lembranças e da caixa de lembranças do meu filho! Mas entre uma lembrança tão querida e um monte de tralha sem uso há um abismo enorme, lotado de coisas desnecessárias que podem ser dispensadas. E é isso que pretendo fazer: dispensá-las!
Aqui no Brasil não temos o hábito de trocar coisas usadas e nem temos locais onde se pode colocar o que não se usa mais e pegar algo de interessante que tenha por lá e seja útil. Ironicamente, um país em desenvolvimento, onde se reclama tanto da falta disso e daquilo, possui hábitos mais perdulários do que alguns países desenvolvidos. Vai entender!?
Então, minha dica para vocês, na próxima vez que forem comprar algo é fazer o seguinte questionário pra si mesmo/a:
Eu preciso mesmo disso?
Eu gosto mesmo disso?
Isso será usado com frequência? Quantas vezes isso provavelmente será usado?
Isso gasta muita energia/combustível?
Isso cabe em minha casa, sem ficar atravancando o caminho ou o armário?
No caso de roupas , sapatos e acessórios: isso cabe em mim? Isso combina com as outras roupas e acessórios que eu tenho? Isso está confortável? Isso ficou, realmente, bonito em mim? Isso se harmoniza com meu estilo e meu ritmo de vida?
O grande problema do consumo compulsivo é que ele não inclui o raciocínio, a análise com lucidez. Por isso a grande recomendação é o consumo consciente. O seu bolso e o planeta, ambos, agradecem! ;-)
PS: totalmente fora do dia e do tema da Teia Ambiental, mas dentro do mesmo conceito e do mesmo amor pela natureza.
Há alguns anos, pensando nisso e pensando tb no absurdo que se paga por roupas novas, comecei a frequentar brechós e adorei! Ao comprar em um brechó não estamos estimulando nem a produção e nem o consumo desenfreados de roupas. É claro que não dá pra comprar tudo em brechó, como lingerie e biquines (óbvio, né!), sapato eu tb não gosto de comprar, a não ser que seja sapato novo (algumas lojas fazem doações de produtos novos de coleções antigas).
Mas isso não basta! Por conta da "moda" de brechós, a mulherada parece ter enlouquecido e gasta duas vezes mais em roupas com pouco uso porque o preço está mais em conta, o que, no final, dá no mesmo. Tenho a impressão que isso acaba estimulando as compradoras compulsivas a comprarem ainda mais porque, afinal, agora elas podem usar a roupa umas três vezes e colocar pra vender no brechó. O ser humano anda bem estranho...
Outra questão que analisei, recentemente, é sobre a compra de carro. Estamos pensando em comprar um (depois de tantos anos morando no segundo menor município do Brasil, onde eu não precisava de carro, agora estou morando em uma cidade bem maior, em termos territoriais). Observando a queda do valor de um carro zero com apenas poucos anos de uso já se percebe que as pessoas entram na loucura do "preciso trocar de carro, pois o meu já está desvalorizando". Pois eu quero um carro que me leve de um lugar para o outro! De preferência que gaste pouco combustível, que tenha valores de IPVA e de DPVAT honestos e que não me deixe histérica com a necessidade de fazer um seguro. Acabo chegando aos ditos "carros populares" (que de populares não têm nada quando se vê o preço), um pouco antes do ano 2000. Aí o custo-benefício me agrada. E a ficha cai: também não quero estimular a produção e o consumo de carro zero, porque não se deve confudir o conceito de automóvel com o de caráter ou valores pessoais... Automóvel é algo feito somente para nos deslocar de um lugar para o outro e não para ser referência do nosso valor como pessoas.
Eu ia começar a falar dos celulares, mas me dá canseira só de pensar! Tanto pelo fato de ver as pessoas trocando de celular como se troca de roupa, buscando uns que fazem "de um tudo", e dá vontade de perguntar: "mas eles ligam pra outro telefone? Porque é essa a função deles, né?", até aquelas criaturas que se tornam dependentes de celular. Tem gente hoje em dia que não consegue ficar sozinha consigo mesma! Será que a companhia é tão insuportável assim? Elas andam nas ruas e andam de ônibus falando no celular o tempo todo... Elas dormem com o celular do lado (nem aí para as ondas eletromagnéticas!) como se fosse o/a amante ou o bichinho de estimação. Como eu disse antes, como anda estranho este ser humano!
Conforto todos nós queremos, até eu que sou mais bobinha... Beleza, nem todos... Mas eu, que tenho Ascendente em Libra e Lua em Touro necessito, como de água, para viver. Coisas bonitas, casa enfeitada, roupinhas fofuxas, cores e harmonia, aromas e sons melodiosos. Mas para ter tudo isso não é necessário consumir tanto.
A última arrumação que fiz no meu armário foi uma prévia do que pretendo fazer. Olhei com sinceridade para as minhas roupas (que nem são tantas, perto da maioria das mulheres que eu conheço) e separei as que eu realmente uso. Foi cerca de metade! Essas ficaram no meu armário e as outras eu guardei em um outro armário, de um outro cômodo. Quero saber quantas vezes eu vou recorrer a este outro armário, se é que vou recorrer alguma vez. Se eu não fizer isso em 6 meses, todas as roupas que estão lá vão para a doação ou um brechó. Aliás, algumas peças e alguns objetos que são melhores ou estão novos, já pretendo colocar pra circular em um brechó virtual (em breve!)
Pretendo fazer isso com outras coisas que tenho também. Não tenho muita coisa no geral, mas pretendo reduzir isso ainda mais, de modo a ter somente o que eu realmente gosto e realmente uso. Ficar mais leve, para me mover com mais agilidade ou quem sabe até voar!!! A verdade é que não usamos cerca de 70% de tudo que temos, mas ficamos apegados. É claro que não vou me desfazer da minha caixa de lembranças e da caixa de lembranças do meu filho! Mas entre uma lembrança tão querida e um monte de tralha sem uso há um abismo enorme, lotado de coisas desnecessárias que podem ser dispensadas. E é isso que pretendo fazer: dispensá-las!
Aqui no Brasil não temos o hábito de trocar coisas usadas e nem temos locais onde se pode colocar o que não se usa mais e pegar algo de interessante que tenha por lá e seja útil. Ironicamente, um país em desenvolvimento, onde se reclama tanto da falta disso e daquilo, possui hábitos mais perdulários do que alguns países desenvolvidos. Vai entender!?
Então, minha dica para vocês, na próxima vez que forem comprar algo é fazer o seguinte questionário pra si mesmo/a:
Eu preciso mesmo disso?
Eu gosto mesmo disso?
Isso será usado com frequência? Quantas vezes isso provavelmente será usado?
Isso gasta muita energia/combustível?
Isso cabe em minha casa, sem ficar atravancando o caminho ou o armário?
No caso de roupas , sapatos e acessórios: isso cabe em mim? Isso combina com as outras roupas e acessórios que eu tenho? Isso está confortável? Isso ficou, realmente, bonito em mim? Isso se harmoniza com meu estilo e meu ritmo de vida?
O grande problema do consumo compulsivo é que ele não inclui o raciocínio, a análise com lucidez. Por isso a grande recomendação é o consumo consciente. O seu bolso e o planeta, ambos, agradecem! ;-)
PS: totalmente fora do dia e do tema da Teia Ambiental, mas dentro do mesmo conceito e do mesmo amor pela natureza.
A imagem veio daqui
2 comments:
Mas não perca a próxima Teia Ambiental, pois suas colocações são muito boas sobre esse tema !
Beijo
Oi Cacau!!
primeira vez que comento aqui hehe e isso que só entrei para ver a receita do bolo de cacau e nozes e encontro coisas muito mais bacanas! quanto ao seu texto sobre consumismo ele me lembrou de uma termo que li na Vida Simples há alguns anos atrás e nunca mais esqueci , Simplicidade Voluntária,coisa da qual sou adepta há muitos anos.. dá uma lida no link sei q vai curtir
http://www.simplicidadevoluntaria.com/socied.htm
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