

A partir de agora nossos dias vão, aos pouquinhos, diminuindo e dando espaço para a noite. Compreender os ciclos e suas mudanças faz parte de uma sabedoria antiga, esquecida pela maior parte das pessoas, ainda mais em tempos de modernidade, consumismo inconsciente e alienação absoluta.
Prometi a mim mesma, já há algum tempo, que não vou ficar criticando e resmungando como uma velhinha rabugenta...rs Até porque de nada adianta! Na verdade, acredito que é justamente uma postura oposta a essa, com muito riso, muita alegria e leveza que será capaz de nos arrancar do mundo fast-food e ilusório que se criou em volta de nós.
Maya... Tudo é maya...Cada vez mais sinto isso. E para que não sejamos arrebatados pela ilusão e pela manipulação de massa o melhor caminho é largar de lado o racionalismo frio e optarmos pela lucidez sensível. Posso garantir que não é através da lógica pura que vamos compreender este mundo totalmente ilógico em que vivemos. É preciso sentir, abrir a percepção, refinar a visão. Deixemos os conceitos estabelecidos para aqueles que se estabeleceram neste mundo caótico. Nós, os rebeldes que sonham outra realidade, não precisamos seguir o líder, somos nossos próprios líderes e descobrimos nossos próprios caminhos muito mais harmonizados com a Natureza. Aliás, alguém já se perguntou a razão de existir um esforço tão grande em destruir Natureza? Ela é o que restou para nos sinalizar o caminho...
Para quem lê essas palavras e não sabe do que estou falando, fica uma dica: talvez o que você chama de realidade não seja exatamente o que parece... Para aqueles que, lendo minhas palavras, sentiram que algo vibrou, mexeu, conectou, mesmo sem que isso parecesse lógico, mesmo que racionalmente não houvesse sentido, também deixo uma dica: feche os olhos e abra a percepção. E para aqueles que ao fim dessas linhas sabem do que estou falando e esboçam um sorriso discreto, deixo o desejo mais sincero de que nos encontremos um dia e possamos trocar nossas experiências sobre o novo mundo que está, ainda, em gestação.