Friday, July 26, 2013

Um clássico!


Me lembrei de uma conversa que tive, em tempos de adolescente, com uma senhora muito sábia. Eu estava triste porque percebi que tinha dois tipos de amigos: amigos que sempre eram companheiros, parceiros... e amigos que só eram mega amigos quando estavam sozinhos comigo ou quando precisavam dos meus conselhos (sim, o talento veio de berço...rs). Mas quando o grupo era grande ou quando era para citar alguém publicamente, elogiar qualidades ou na hora de convidar para fazer algo muito legal eu era esquecida. No meu lugar entrava sempre a garota mais bonita, o cara mais influente, etc...

Então a tal senhora sábia me disse "minha filha, estes aí não são seus amigos! Eles são amigos da moda e do poder. Vão querer sempre unir seus nomes ao nome de quem é famoso, poderoso... eles querem amigos-da-moda".

Nunca me esqueci dessa observação! E hoje, tantos anos depois, continuo vendo este tipo de comportamento com uma certa frequência. No entanto, percebi que o mais bacana de nunca ter sido uma "criatura da moda" é que a gente acaba virando um clássico! Hoje, me vejo como um pretinho básico. No momento das pérolas, posso ficar mais chic, no momento sapatilha posso ficar mais confortável. Mas não saio de moda e minha essência e meu comportamento com as pessoas não mudam de acordo com as estações.

Monday, March 25, 2013

A moda e os limites do bom senso


Uma pessoa como eu, que curte o vestir como expressão de ser, que fica fascinada com alguns desfiles do SPFW, que entende que a beleza tem o seu espaço e sua função numa sociedade, não tem como não entrar em conflito como uma série de coisas...

Não vou nem falar da questão do trabalho semi-escravo (coisas que já pipocaram sobre a Zara, sobre a Nike, agora esta reportagem...), porque isso aí é totalmente sem comentários! Não é possível que um pedaço de pano para cobrir o corpo seja mais importante que a vida das pessoas... Mas falo de outros detalhes também, falo da futilidade, da colocação da moda como uma exigência que define se você será considerado ou não, contratado ou não, incluído em grupos sociais ou não... Acho tudo isso muito triste. Quantas pessoas que trabalham com moda têm uma visão mais humana, têm mais bom senso?As meninas da Oficina de Estilo fazem parte desse pequeno grupo e lançaram há pouco tempo o slogan: "substitua consumo por autoestima". Achei brilhante!

Além disso, temos algumas questões ambientais que não devem ficar de lado e, aliás como em vários outros setores, só acontecem por conta de um consumo que está muito além do razoável. Um exemplo disso são os sapatos de couro (sola, inclusive) que impedem o acúmulo de energia estática e são muito mais saudáveis. No entanto, uma coisa seria se cada pessoa tivesse (vamos lá, dar uma colher de chá para mulheres que gostam de variar) seis ou oito pares de sapato... outra coisa são criaturas que possuem 20, 30, 50, 100 pares de sapato! Nem se todo o planeta virasse pasto para gado seria possível calçar a humanidade com sapatos desses. E olha que nem analisei o conceito "crueldade com os animais".

Estamos caminhando para uma situação de total absurdo em termos de consumo de roupas, sapatos e acessórios! Até eu, que sou uma pessoa ponderada, econômica e lúcida em relação ao consumo, tenho consciência de que possuo mais do que deveria. A forma de perceber isso é simples: existem roupas que eu olho toda vez que abro o guarda-roupa ou uma gaveta e penso "não, esta não..." Então, a pergunta que não quer calar: o que ela está fazendo ali?

Outro dia, pela primeira vez na vida, comprei um vestido por puro impulso. Mais de 40 anos de vida e nunca tinha feito isso! Mas foi assim: estava de saco cheio, estava irritada, estava precisando me achar melhor e mais bonita, entrei em uma loja para comprar o que eu precisava (um sutien branco) e saí de lá com um conjunto de calcinha e sutien branco e um vestido preto sexy e lindo! Ok, para um vestido preto, sexy e lindo, o preço nem foi tão absurdo... Mas, além de ter sido mais caro do que um valor que considero justo, a verdade é que eu não o comprei porque estava precisando... Eu comprei aquele vestido porque - o "cachorrão" - ficou lindo no corpo e eu precisava tanto ser mimada...rs

Não sei se a maioria das mulheres compra tanta roupa porque vive irritada ou precisando se sentir mimada, mas eu creio que se isso for assim, temos uma estatística muito negativa sobre o estado emocional feminino, levando-se em conta que isso não costuma acontecer só uma vez em 40 anos. E não vamos falar somente de mulheres, porque os homens também têm suas frescuras, só não costumam envolver o vestuário.

Hoje, eu tenho uma meta em termos de roupas, sapatos e acessórios: o mínimo que seja "o máximo"! Minhas roupas cabem no equivalente a duas portas (pequenas) de armário e cinco gavetas de uma cômoda. Não é muito em relação ao que vejo por aí... Mas quero reduzir 50% do que tenho para depois, com calma, comprar mais uns 10 ou 20%. Desse jeito, ficarei com uns 70% do que tenho hoje, em termos de número de peças, só que com opções de maior qualidade, versatilidade e - o mais importante - uso!

Um hábito que adquiri há alguns anos é comprar roupas em brechós. Primeiro, em São Lourenço, onde morava e agora pela net. Não fiz muitas compras desse tipo até agora (pela net)... Na verdade, foram compras em três brechós: no primeiro, uma bolsa... no segundo, duas bermudas, um vestido e uma blusa... e no terceiro, um blazer. Adorei tudo e achei que valeu muito a pena! Comprei boas marcas, peças de qualidade, semi-novas e por um preço que ficou entre 20% e 50% do preço da peça nova na loja.

Enfim, depois do desabafo, vamos voltar ao trabalho! ;-)

Ótima semana para todos!

Thursday, January 03, 2013

Vamos discutir a relação?

O ser humano é um bicho estranho... Discute por qualquer bobagem o tempo todo! Discute política, o jogo de futebol, as últimas tendências da moda e até o que o vizinho andou fazendo. Mas na hora de discutir a relação, faz caretas e acha absurdo!

Acho que aprendemos a "pensar o pensamento", mas a reflexão sobre os sentimentos sempre fica de lado, como algo menor. Discutir a relação não é despejar cobranças sobre o outro... É conversar juntos sobre os sonhos de cada um e os sonhos em comum. Os casamentos acabam virando sociedades administrativas de bens e filhos, as pessoas esquecem de sonhar (sozinhas e em dupla) e de perceber que o outro pode ser espelho para um crescimento individual e do casal.

Infelizmente, os casais costumam estar lado a lado olhando pra fora e não frente a frente olhando um pro outro... Por isso que costumo falar da importância de olhar, demoradamente, um para o outro, olhos nos olhos. Porque por fora, pode parecer que ali está a "mesma pessoa de sempre", mas não é... Estamos em constante transformação e olhar dentro do outro é descobrir e redescobrir coisas absolutamente novas. Assim como olhar para dentro de si tb.

Na tradição celta, de onde a bruxaria moderna tirou vários ritos, o casamento não era um compromisso "para sempre" e muito menos algo estático, imutável. Ao contrário, era um compromisso de um ano e um dia que o casal firmava. Ao final deste tempo, juntos, reavaliavam os sentimentos, a vida em comum, e decidiam se renovariam os votos.

Ao renovar votos de união, estamos parando para refletir, trocando ideias, expressando nossos sentimentos e ouvindo o outro não somente com os ouvidos, mas com o coração. Se temos paciência e dedicação para construir uma vida profissional próspera e vitoriosa, por que não fazemos o mesmo em relação à vida afetiva? Tudo que tem valor deve ser bem cuidado e isso demanda tempo e atenção.

Conselhos da Dra Love... ;-)

Tuesday, January 01, 2013

Ideias Associadas S/A




Ânsia de vida
Linda, diva
Cansa da lida
Meio... fio
Longo caminho
Sinto, omito, digo
Sonho menino
Longe, afasto
Nervos de aço
Volto, mansinha
Ao berço do espaço
Cósmico abraço
Em mim mesma
Passo.