Friday, July 06, 2012

Parabéns, Frida!!!

Hoje, Frida Kahlo completaria 105 anos.

Observando o seu mapa astrológico natal, descobri que temos vários pontos em comum: a Lua em Touro, Vênus em conjunção com Plutão, Sol e Júpiter juntos também, ela tem ASC em Leão, que é meu signo solar, o signo solar dela é Câncer, onde eu tenho o meu MC. Além disso, acumulamos luminares no mesmo quadrante do mapa, o superior esquerdo, entre as casas 10 e 12. Eu tenho lá seis planetas mais a Roda da Fortuna. Ela tem sete planetas mais a Roda da Fortuna.

Lamentavelmente, não tenho o mesmo talento que ela... Creio que, em troca, me deram a excelente saúde que ela não teve. Ok... Sem reclamações! ;-)

Amor profundo, Frida!







Saturday, June 30, 2012

Dia de São Pedro? Também!

Mas principalmente sexta-feira, sob a regência de Vênus, e dia em que o sócio voltou de viagem. Então resolvemos caprichar na recepção. Além de enfeitar a casa com flores e ervas do jardim e bater um papo com Ganesha, com direito a umas oferendas de frutas e doces e uma velinha untada com óleo essencial de laranja, também teve jantar caprichado.

Então vamos parar de blablablá e vamos direito ao ponto, porque sei que é isso que vocês querem...rs

Desde que aprofundei meus estudos em alimentação saudável, tem ficado muito difícil comer batata. Sim, eu sei... Ela é deliciosa! Purê de batata, batata corada, batata souté e, apesar de evitar fazer fritura, tenho consciência de que batata frita é gostosa também. Só que - preparem-se para a notícia triste - batata inglesa, gente, é amido puro! Ou seja, serve para encher o buchinho, mas não para alimentar. Isso sem falar que a maioria das batatas que encontramos por aí está cheia de agrotóxico. Agradeçam aos fabricantes de pesticida :-( Eles estão fazendo com que comer batata se torne algo muito ruim...

Pois bem... Mas, sem radicalismos, resolvi fazer um caldo-verde e usar um pouco de batata inglesa. Só um pouco? Sim, só um pouco... Metade da receita, porque a outra metade eu fiz com inhame, este sim, bonitão, fortão, super-nutritivo e além de tudo bom para os hormônios daquelas mulheres que, assim como eu, passaram dos... hmmm... 25. ;-)

Então, vamos lá, para vocês enlouquecerem comigo, porque lá venho eu com minhas receitas sem quantidade...rs

Batata inglesa
Inhame
Folhas de manjericão lá do jardim
Água fervente

Cozinhar até ficar macio. Tirar metade e bater no liquidificador. Devolver o creme para a panela, colocar sal e um tico de pimenta do reino moída na hora. Fazer um refogado com alho e azeite e acrescentar. E deixar ferver mais um tempo, colocando mais água.

Couve picadinha

Colocar só no final, um pouco antes de servir, deixar ferver por uns cinco minutos.

Eu fiz uma torradinha pra acompanhar porque o sócio adora mergulhar um pãozinho na sopa (pronto! Dedurei! rs) Mais simples que isso, só comprando pronto: fatiar pão francês, colocar em uma forma, colocar parmesão ralado em cima, um tico de azeite e um tico de orégano. Levar ao forno até derreter.

A sobremesa, no final das contas, foi doce de leite. Mas como eu havia prometido um bolo para o sócio antes dele viajar, resolvi fazer algo diferente. Confesso que fiquei com um pouco de medo, porque eu inventei ainda mais do que de costume, mas para meu espanto ficou maravilhoso! O sócio acabou não resistindo e mesmo depois do doce de leite, foi lá e pegou um teco do bolo.

2 colheres de manteiga + 2 xícaras rasas de açúcar demerara = bater bem
Acrescentar 2 ovos inteiros e misturar.
Aí vem a surpresa: 1 xícara de aveia (bater no liquidificador pra ficar bem fininha) + 1 xícara de farinha de milho (bater também) Misturar.
1 xícara de suco de laranja. Eu também pinguei umas 5 gotinhas de óleo essencial de laranja, mas isso não é necessário.
Baunilha e raspas de casca de laranja
1 colher de sopa de fermento em pó.

Levar ao forno em forma untada e enfarinhada.

Aí veio o detalhe que fez toda a diferença. A cobertura!

Fatiei várias castanhas-do-pará em lascas coloquei para tostar numa frigideira e fui acrescentando açúcar demerara, leite, canela, cardamomo. Creio que assim já se alcança uma boa calda, mas como eu tinha um restinho de leite condensado na geladeira, coloquei esse restinho e um pouco de água... Desenformei o bolo, coloquei no prato, espetei com o garfo toda a sua superfície e fui colocando a calda com as castanhas e arrumando as castanhas, claro... (3 planetas em Virgem!rsrsrs)

Enfim! O Jantar foi maravilhoso! Descobri minha toalha de chita no fundo da gaveta e assim dei um colorido especial. Adoro coloridos. Depois da trabalheira do dia e do vinhozinho, fiquei molenga até!. Mas foi bom... Estava precisando relaxar! ;-)

Tuesday, April 17, 2012

O bolo, o livro e o papo-calcinha

Em meio a tanta correria por conta do lançamento do site Via Tarot, eu ainda consegui tempo, ontem de noite, para fazer um bolo de milho. Ok... Ok... Não foi tanta dedicação assim... É que o sócio comprou várias espigas de milho e as deixou empacotadas. Quando fui lá ver, elas estavam ameaçando estragar! Tive que inventar algo para fazer com elas... Correndo!

Então, encontrei uma receita facílima e deliciosa! Anotem!

Bolo de Milho

Cozinhe 5 espigas de milho e debulhe os grãos (pra quem não é chegado à cozinha, debulhar é tirar os grãozinhos da espiga, ok? rs)

Coloque no liquidificador junto com 3 ovos, 1/2 xícara de leite e 2 colheres de sopa de manteiga
Bata bem...

Então, acrescente: 3 colheres de sopa de farinha de trigo, 1 xícara bem cheia de açúcar (eu coloquei o cristal) e 1 colher de sopa rasa de fermento em pó

Bata por 2 minutos (se estiver muito grosso, vai chacoalhando o liquidificador, com cuidado pra não esparramar tudo pro lado de fora pelamordasanta! Segure embaixo dele com uma mão e em cima, segurando a tampa, com a outra e vai virando, para que as hélices não fiquem presas na massa e não force o motor) Ok... Isso parece uma operação de guerra, mas funciona! ;-)

Depois coloque a massa em uma forma untada e enfarinhada e leve ao forno por, aproximadamente, 45 minutos, em fogo bem baixo, para que o bolo fique mais molinho por dentro.

É fácil e é delicioso! Fica assim, brilhosinho mesmo, parece bolo de vitrine! :-)

Como vocês podem ver, nem deu tempo de tirar a foto com o bolo inteiro, pois ontem eu tirei um tasquinho, para conferir se tinha ficado bom mesmo...



Isto aqui é uma história à parte!

Tem uns dois anos que eu conheci o trabalho da Lena Santana pela internet. Fiquei tão apaixonada, pelas peças e pelo conceito, que comecei a pesquisas várias coisas sobre o trabalho dela. Acabei por adicioná-la no meu Facebook (aqui) e descobri que ela havia lançado um livro no Brasil (ela mora em Londres, ou morava, pelo menos, quando fiz a pesquisa).

Bem, o livro da Lena é tudo de bom, porque mostra que com boa vontade, amor e um básico em termos de técnica de costura, é possível fazer peças lindas! Eu achei o meu na Estante Virtual, aliás, onde venho encontrando algumas preciosidades a preços ainda mais preciosos...rs

Agora estou na fase da correria 2 - preparar as palestras para a Mystic Fair - mas assim que estiver mais tranquila, pretendo começar a usufruir deste livro com um projeto que me encanta: calcinhas! Sim! Calcinhas! Há pouco mais de um ano, fiz uma revolução nas minhas roupas íntimas! Troquei a maior parte das calcinhas de lycra ou cotton que tinha por umas de algodão (100%), artesanais. A artesã é do Rio, mas passava temporadas em São Lourenço, fiquei apaixonada pelas estampas e os detalhes delicados.

Então, qual não foi a minha alegria ao encontrar este projeto no livro:

Gente, a delicadeza (que acho que não dá pra perceber na foto) é que o acabamento dela é feito com viés de cetim! Dá até para suspirar! rs Acho muito charmosa... Vou começar por aí as minhas costurices! ;-)

E agora... Ah, agora vamos encarar o power point pra preparar as palestras! ;-)

Saturday, April 14, 2012

A sociedade dos meus sonhos...


Já entrei em várias discussões sobre existência de sociedades matrifocais no passado, onde os valores femininos não permitiam a existência de guerras, competição e violência. Nessas discussões, as pessoas alegavam que isso nunca existiu, bem como se recusavam a ver a coisa fora do eixo: patriarcal X matriarcal, achando que eu estava admirando e querendo a implantação de uma sociedade em que as mulheres "mandassem".

Como eu tenho por hábito me calar quando não tenho provas documentais sobre algo que estou falando, mas somente (apesar de eu não achar "somente") a minha percepção sobre aquilo, acabava ficando quieta e deixando pra lá. Então é muito bom ler em um livro de uma pessoa que dedicou boa parte da sua vida ao estudo do Sagrado Feminino exatamente o que eu creio que já ocorreu e o que eu gostaria que voltasse a acontecer.

Com vocês, um trecho do livro "Círculos Sagrados", de Mirella Faur:

"Como atestam milhares de estatuetas de mulheres grávidas, amamentando, segurando filhos no colo ou dando à luz, confeccionadas em pedra, argila ou osso e encontradas em vários lugares, desde a Sibéria até Creta, Malta e a atual Espanha, o poder misterioso feminino, que gera a vida em seu corpo, foi o cerne das primeiras experiências religiosas. Nas paredes de grutas, gravações do período Paleolítico (70 a 300 mil anos atrás) reproduzem cenas da vida (mulheres ou animais parindo) e morte (batalhas ou homens caçando). As ossadas, enterradas em posição fetal e tingidas com pigmento vermelho, mostram a crença no renascimento no ventre da Mãe Terra, representado pelas grutas e fendas na terra. Os povos paleolíticos consideravam as grutas como o útero da "mãe dos vivos e dos mortos" e nelas realizavam seus rituais de fertilidade (para propiciar a caça) e ritos de nascimento e morte.

Entre 10000 e 8000 a. C., terminou a última era glacial e as condições climáticas se tornaram propícias para o desenvolvimento das sociedades e culturas neolíticas. Esse período, conhecido também como a Idade da Pedra Polida, é considerado o berço da agricultura, da criação e domesticação de animais e das artes manuais. Como as mulheres eram as responsáveis pela preparação dos alimentos durante o período anterior - da coleta (de raízes, sementes e frutos) - é fácil deduzir que foram elas que deram início à agricultura, ao lançar na terra as sementes dos frutos coletados. Os homens só assumiram um papel preponderante na produção agrícola muito mais tarde, com a introdução do arado manual (e depois pucado por animais) e o cultivo de áreas maiores. A revolução agrícola e a domesticação de animais proporcionaram bases estáveis para o assentamento humano e o desenvolvimento social e cultural das tribos, antes nômades.

Por meio do contato que as mulheres tinham com os seres sobrenaturais e a Deus, elas também recebiam intuitivamente instruções para trasnformar as matérias brutas da Natureza em produtos úteis e mais elaborados. Foi assim que as mulheres "descobriram" como preparar o pão a partir de sementes e grãos silvestres amassados com pedras e como tecer e fiar o linho e a lã dos animais para fazer vestimentas e artigos domésticos. Foram elas que utilizaram o barro, a água e o fogo para modelar potes e vasos, trançaram galhos e cipós, cobertos com argila e cozidos em fornos primitivos, para assim criar a arte da cerâmcia cada vez mais aperfeiçoada. Desse período datam os vasos com seios e olhos, as estatuetas das Mães da colheita e doadoras da fertilidade, bem como os mitos sobre as deusas da Terra, as Tecelãs, senhoras do destino, as Guardiãs das florestas e dos animais, as Protetoras das casa e dos caminhos, as Condutoras dos espíritos (para encarnar e desencarnar), as celebrações dos Mistérios femininos.

Segundo revelam os inúmeros símbolos, animais aliados e representações femininas descobertas e estudadas pela arqueóloga lituana Marija Gimbutas, durante os períodos Paleolítico e Neolítico, a Deusa era reverenciada como a Mãe Doadora, Ceifadora e Renovadora da vida. Conforme atestam as escavações de James Melaart em Catal Hüyuk e Hacilar, na Anatólia, as mulheres detinham um papel importante nas sociedades e na religião, tanto nos territórios que Marija Gimbutas chamou de "Europa Antiga" (no período entre 6500 e 3500 a. C.) como no Oriente Médio.

Em nenhum dos sítios eutopeus e asiáticos foram encontradas evidências de guerras, autoridade patriarcal ou divisão em castas, prevalecendo a simbologia e o culto da Deusa, a paz entre as comunidades e a presença ampla de mulheres nas sociedades. Escavações e os estudos nesses lugares revelam uma profusão de figuras, inscrições, estatuetas e objetos ligados ao culto de uma Deusa Mãe, bem como a existência de comunidades pacíficas e matrifocais (centradas no culto da Mãe, divina e humana). Apesar de serem classificadas como "primitivas", as civilizações do Oriente Médio e do sul da Europa mostravam elevado nível de vida e refinamento artístico, comprovado pelos objetos de uso religiosos ou domésticos encontrados nos cultos milenares das divinddades femininas. Sítios arqueológicos de 7000 anos a. C., na Anatólia, ou mais recentes (3000 anos a. C.)em Creta e Malta, não continham nenhum tipo de fortificação, armas ou objetos bélicos; as cenas das inscrições descreviam sociedades pacíficas e igualitárias, centradas na reverência à vida, à beleza, à arte e ao amor."

Saturday, March 17, 2012

Bolo de Cacau com Nozes

Ele foi tão cobiçado no Facebook, que precisei providenciar uma postagem com a receita! :-)

Na verdade, é a receita base de bolo que eu uso, com algumas modificações... Aí vai:

Bater duas colheres de manteiga com 1 e 1/2 xícara de açúcar cristal;

Juntar dois ovos inteiros (eu uso sempre ovo caipira... sem hormônios do mal...rs);

Acrescentar duas xícaras bem cheias de farinha de trigo e continuar misturando;

Mais uma xícara bem cheia de leite;

Por fim, uma xícara mal cheia de cacau;

Dá uma batida caprichada, acrescenta uma xícara de nozes pricadas e finaliza com uma colher de sopa de fermento em pó, misturando bem até formar umas bolhinhas...

Coloque em uma forma untada com manteiga e enfarinhada e leve ao forno. Não me perguntem por quanto tempo, ok? Nunca sei o tempo das coisas no forno...rs Uso o velho truque: deixo passar 15 minutos (para o bolo não solar) e começo a observar e espetar o palitinho para ver se sai limpo, indicando que está pronto.

O meu forno é meio violento...rs Então, acredito que seja algo em torno de uns 25 minutos a meia hora. Mas cada forno é de um jeito, né?

Aqui está o bonitão, inteiro. Lamentei profundamente não tem um pouco de chantilly em casa, ficaria o máximo! Uma bola de sorvete de creme também iria bem.

Fazer uma delícia dessas vez ou outra é algo que faz tão bem à alma, que o corpo entende :-) Sou vegetariana... Não consumo muito açúcar... Não tomo refrigerantes, não como fritura... Evito ao máximo coisas industrializadas (não compro biscoitos e enlatados há um bom tempo)... Não tomo leite e tenho diminuído o uso dele em manteiga, queijos (que amo) e na feitura de bolos... Faço isso não como um sacrifício, mas por uma questão de consciência alimentar, de perceber que o que não faz bem para o meu corpo não pode ser considerado "bom". Mas entendo que o prazer gustativo também faz parte da saúde global de uma pessoa. E acredito que uma vez por semana fazer uma estrepolia não mata ninguém e ainda alegra a criança interior!

Bom apetite! :-)


Tuesday, March 13, 2012

Reflexões sobre a questão ambiental e atitudes práticas


Vejo todo um movimento para reciclar coisas, mas pouco vejo em termos de atitudes para reduzir o consumo e o lixo. Outra coisa que deve-se notar: muitas vezes, as tais reciclagens acabam gerando um gasto e um trabalho que não compensam o resultado final. Sinceramente, sou muito criteriosa quanto aos famosos artesanatos de reciclados, poucas vezes eu vi coisas de real bom gosto e real funcionalidade.

Há alguns anos, pensando nisso e pensando tb no absurdo que se paga por roupas novas, comecei a frequentar brechós e adorei! Ao comprar em um brechó não estamos estimulando nem a produção e nem o consumo desenfreados de roupas. É claro que não dá pra comprar tudo em brechó, como lingerie e biquines (óbvio, né!), sapato eu tb não gosto de comprar, a não ser que seja sapato novo (algumas lojas fazem doações de produtos novos de coleções antigas).

Mas isso não basta! Por conta da "moda" de brechós, a mulherada parece ter enlouquecido e gasta duas vezes mais em roupas com pouco uso porque o preço está mais em conta, o que, no final, dá no mesmo. Tenho a impressão que isso acaba estimulando as compradoras compulsivas a comprarem ainda mais porque, afinal, agora elas podem usar a roupa umas três vezes e colocar pra vender no brechó. O ser humano anda bem estranho...

Outra questão que analisei, recentemente, é sobre a compra de carro. Estamos pensando em comprar um (depois de tantos anos morando no segundo menor município do Brasil, onde eu não precisava de carro, agora estou morando em uma cidade bem maior, em termos territoriais). Observando a queda do valor de um carro zero com apenas poucos anos de uso já se percebe que as pessoas entram na loucura do "preciso trocar de carro, pois o meu já está desvalorizando". Pois eu quero um carro que me leve de um lugar para o outro! De preferência que gaste pouco combustível, que tenha valores de IPVA e de DPVAT honestos e que não me deixe histérica com a necessidade de fazer um seguro. Acabo chegando aos ditos "carros populares" (que de populares não têm nada quando se vê o preço), um pouco antes do ano 2000. Aí o custo-benefício me agrada. E a ficha cai: também não quero estimular a produção e o consumo de carro zero, porque não se deve confudir o conceito de automóvel com o de caráter ou valores pessoais... Automóvel é algo feito somente para nos deslocar de um lugar para o outro e não para ser referência do nosso valor como pessoas.

Eu ia começar a falar dos celulares, mas me dá canseira só de pensar! Tanto pelo fato de ver as pessoas trocando de celular como se troca de roupa, buscando uns que fazem "de um tudo", e dá vontade de perguntar: "mas eles ligam pra outro telefone? Porque é essa a função deles, né?", até aquelas criaturas que se tornam dependentes de celular. Tem gente hoje em dia que não consegue ficar sozinha consigo mesma! Será que a companhia é tão insuportável assim? Elas andam nas ruas e andam de ônibus falando no celular o tempo todo... Elas dormem com o celular do lado (nem aí para as ondas eletromagnéticas!) como se fosse o/a amante ou o bichinho de estimação. Como eu disse antes, como anda estranho este ser humano!

Conforto todos nós queremos, até eu que sou mais bobinha... Beleza, nem todos... Mas eu, que tenho Ascendente em Libra e Lua em Touro necessito, como de água, para viver. Coisas bonitas, casa enfeitada, roupinhas fofuxas, cores e harmonia, aromas e sons melodiosos. Mas para ter tudo isso não é necessário consumir tanto.

A última arrumação que fiz no meu armário foi uma prévia do que pretendo fazer. Olhei com sinceridade para as minhas roupas (que nem são tantas, perto da maioria das mulheres que eu conheço) e separei as que eu realmente uso. Foi cerca de metade! Essas ficaram no meu armário e as outras eu guardei em um outro armário, de um outro cômodo. Quero saber quantas vezes eu vou recorrer a este outro armário, se é que vou recorrer alguma vez. Se eu não fizer isso em 6 meses, todas as roupas que estão lá vão para a doação ou um brechó. Aliás, algumas peças e alguns objetos que são melhores ou estão novos, já pretendo colocar pra circular em um brechó virtual (em breve!)

Pretendo fazer isso com outras coisas que tenho também. Não tenho muita coisa no geral, mas pretendo reduzir isso ainda mais, de modo a ter somente o que eu realmente gosto e realmente uso. Ficar mais leve, para me mover com mais agilidade ou quem sabe até voar!!! A verdade é que não usamos cerca de 70% de tudo que temos, mas ficamos apegados. É claro que não vou me desfazer da minha caixa de lembranças e da caixa de lembranças do meu filho! Mas entre uma lembrança tão querida e um monte de tralha sem uso há um abismo enorme, lotado de coisas desnecessárias que podem ser dispensadas. E é isso que pretendo fazer: dispensá-las!

Aqui no Brasil não temos o hábito de trocar coisas usadas e nem temos locais onde se pode colocar o que não se usa mais e pegar algo de interessante que tenha por lá e seja útil. Ironicamente, um país em desenvolvimento, onde se reclama tanto da falta disso e daquilo, possui hábitos mais perdulários do que alguns países desenvolvidos. Vai entender!?

Então, minha dica para vocês, na próxima vez que forem comprar algo é fazer o seguinte questionário pra si mesmo/a:

Eu preciso mesmo disso?

Eu gosto mesmo disso?

Isso será usado com frequência? Quantas vezes isso provavelmente será usado?

Isso gasta muita energia/combustível?

Isso cabe em minha casa, sem ficar atravancando o caminho ou o armário?

No caso de roupas , sapatos e acessórios: isso cabe em mim? Isso combina com as outras roupas e acessórios que eu tenho? Isso está confortável? Isso ficou, realmente, bonito em mim? Isso se harmoniza com meu estilo e meu ritmo de vida?

O grande problema do consumo compulsivo é que ele não inclui o raciocínio, a análise com lucidez. Por isso a grande recomendação é o consumo consciente. O seu bolso e o planeta, ambos, agradecem! ;-)

PS: totalmente fora do dia e do tema da Teia Ambiental, mas dentro do mesmo conceito e do mesmo amor pela natureza.

A imagem veio daqui

Sunday, March 11, 2012

Se tudo sempre desse certo, o que eu faria?

Depois de muito tempo sem passar por aqui, hoje bateu a vontade de escrever coisas minhas... É o momento-intimidade... Já que diariamente eu tenho o momento-taróloga, semanalmente eu tenho o momento-saúde e que no Facebook eu tenho o momento-comentário-rápido! ;-)

Se alguém deseja saber se estou bem, sim! Estou bem, fisicamente, emocionalmente, mentalmente e espiritualmente como não estava há anos! Na verdade, este "bem" é relativo ao equilíbrio, à harmonia, à paz. Mas começa a me espantar a sensação do Nada. A ausência total de ansiedade, por vezes, está me confundindo: será isso bom ou ruim? É bom porque mantenho a tranquilidade e a quietude... É ruim porque nada me entusiasma ou me motiva.

É algo para se refletir: esta sensação de que a faxina foi feita, mas a casa permanece vazia. Viver o aqui e agora tem me tirado a perspectiva de olhar para o amanhã. Quando conseguirei encontrar o ponto exato entre aqueles tantos desejos para o futuro, que me deixavam sofrendo crises de ansiedade, e esta paz do Nada, paz do eu vivente no agora que parece não ter querer algum?

Ontem, o sócio me fez uma pergunta que virou minha cabeça, chacoalhou, remexeu e me deixou um tanto chocada. "Se você tivesse certeza de que tudo que você fizesse na vida daria certo, sem chance de fracasso, o que você faria?" Primeiro, um turbilhão atravessou, de orelha a orelha, a minha cabeça... Lá eu via viagens internacionais em aviões que não caíam e com dinheiro que nunca acabava... Lá eu me via como aprendiz em um ateliê de algum artista plástico exêntrico, encantada com a possibilidade de parir a arte à fórceps de dentro de mim... Lá eu me via criando minhas próprias roupas, pois não cortaria nenhum tecido torto e a costura seria sempre perfeita, isso sem falar que eu conseguiria transpor todos os modelos da minha cabeça para o concreto, perfeitamente!

Bem, essa foi a primeira reação... Em seguida, conforme eu me debatia neste mar de possibilidades, comecei a questionar o valor de tudo e sempre achava um jeito de não ver mais tanta graça em cada uma das opções... E as imagens foram desaparecendo como bolhas de sabão que se perdem em si mesmas. Ploc! Ploc! Ploc! Não sobrou nada!

Desde que isso aconteceu já se passaram quase 24h e eu continuo com a mente vazia. A pergunta que não quer calar continua: o que eu realmente quero pra minha vida? Se eu tivesse a certeza de que tudo daria certo, tudo seria um sucesso, o que eu escolheria fazer? "Cri-cri-cri" (o grilinho continua cantando)

Não acho que isso seja normal! E nem vou entrar aqui em um debate sobre a normose e os parâmetros utilizados para o que se considera padrão de comportamento. Mas estou somente me comparando a mim mesma em tempos passados. Aliás, em tempos passados eu não estava bem... Eu estou me comparando a tempos passados-passados-passados, quando tudo me encantava, eu fazia muitos planos para o futuro, minha criatividade explodia e os meus quereres pulsavam. Eu sofria mais? Sim! Cada decepção era um drama épico! Mas, em compensação, eu era feliz de uma forma estrondosa! Será que a sabedoria exclui as "sensações estrondosas" em geral? Talvez...

Então, se vocês me perguntarem novamente se eu estou bem, eu responderei: sim! Claro que estou! :-) Tenho uma família maravilhosa, um filho de dar orgulho, amo um homem que me ama, sou saudável e pareço e me sinto uns 10 anos mais jovem do que diz a certidão de nascimento. Atualmente, trabalho no que gosto e moro em um lugar lindo e tranquilo. Quem não ficaria bem e feliz com uma vida dessas? E eu agradeço todo santo dia, pois acho ingratidão algo muito feio.

Mas continuo pensando na pergunta que o sócio me fez...